O valor médio da cesta básica em Araraquara reduziu 0,39% em novembro, segundo pesquisa mensal do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara. O custo médio da cesta, que em outubro deste ano era de R$ 843,14, passou para R$ 839,83 no período.
O resultado mostra que a variação acumulada em 2021 é de 6,95% e os produtos com maior aumento entre os meses de janeiro e novembro foram: o café torrado moído (64,4%), o açúcar refinado (58,4%) e a margarina vegetal (30,9%).
Já os produtos com maior variação negativa no mesmo intervalo foram: a batata (-18,7%), o arroz branco (-16,1%), e o queijo muçarela (-9,1%).
Nos últimos 12 meses, o preço dos itens avaliados acumula alta de 11,47%, em média. Entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, os produtos que tiveram maior aumento nos preços foram: açúcar refinado (68,84%), café torrado (64,31%) e frango resfriado (34,75%).
No mesmo período, apenas três produtos registraram queda: o arroz branco (-14,44%), a batata (-11,15%) e o queijo muçarela (-10,05%).
A cesta básica monitorada pelo Sincomercio atingiu alta de 34,35% em novembro de 2021. Os produtos que compõem o grupo de alimentação estão 38,14% mais caros, os itens de higiene pessoal 17,03% e os produtos de limpeza doméstica também aumentaram 19,64%.
No mês passado, os produtos que mais subiram foram: a cebola (51,3%), a salsicha avulsa (6,7%), o café torrado (6,1%), o açúcar refinado (5,1%) e o óleo de soja (3,6%). E as maiores quedas foram verificadas na batata (-14,7%), no queijo muçarela (-9,2%), nos ovos brancos (-5,8%), no alho (-5,1%) e na carne bovina de segunda (-3,1%).
Para João Delarissa, economista da instituição, o período de entressafra contribui para o sobrepreço dos itens de hortifruti e os problemas climáticos também comprometem a quantidade e a qualidade de algumas culturas.
“Ainda encontramos reflexo das geadas de julho, por exemplo, no preço do café, que registra alta de 64,4% neste ano. Avaliando os resultados recentes, notamos uma aceleração do preço médio do pacote do produto torrado e moído neste último semestre. Em julho, o item custava R$9,58 e na última semana de novembro chegava a R$15,10”, diz.
SALÁRIO MÍNIMO
O custo médio da cesta básica em Araraquara representa atualmente 76,35% do salário mínimo. O valor é 0,3 ponto percentual (p.p.) abaixo do registrado em outubro, de 76,65%, e 4,26 p.p. acima do registrado no mesmo mês do ano passado à época, o valor da cesta básica representava 72,09% do salário mínimo vigente.
Na comparação com o mesmo período de 2019, período anterior à pandemia, a cesta básica representava 58,94% do piso salarial nacional vigente à época.
Para um trabalhador que recebe o mínimo, atualmente em R$ 1.100,00, o tempo médio necessário para adquirir a cesta completa avaliada pela pesquisa, em novembro, ficou em 168 horas e 6 minutos, aproximadamente em outubro, eram necessárias 168 horas e 38 minutos de trabalho para consumir a mesma quantidade de produtos.
CESTA BÁSICA SUBIU NO PAÍS
O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em nove cidades brasileiras, de acordo com a pesquisa de novembro do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As maiores altas foram registradas em cidades do Norte e do Nordeste, como Recife (8,13%), Salvador (3,76%), João Pessoa (3,62%), Natal (3,25%), Fortaleza (2,91%), Belém (2,27%) e Aracaju (1,96%). O estudo levou em consideração os preços em 17 capitais.
A elevação também foi percebida em Florianópolis (1,40%) e Goiânia (1,33%). As reduções mais importantes ocorreram em Brasília (-1,88%), Campo Grande (-1,26%) e no Rio de Janeiro (-1,22%).
Segundo a pesquisa, a cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 710,53), seguida por São Paulo (R$ 692,27), Porto Alegre (R$ 685,32), Vitória (R$ 668,17) e Rio de Janeiro (R$ 665,60). Apesar da alta em novembro, as capitais do Norte e Nordeste obtiveram valores menores: Aracaju (R$ 473,26), Salvador (R$ 505,94) e João Pessoa (R$ 508,91).
Em relação a novembro de 2020, a cesta básica subiu em todas as capitais, com maiores percentuais anotados em Curitiba (16,75%), Florianópolis (15,16%), Natal (14,41%), Recife (13,34%) e Belém (13,18%). No acumulado de janeiro a novembro deste ano, todas as capitais também registraram alta.