A geração de emprego despencou em Matão, fechando 3.536 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado negativo foi a diferença entre as 5.166 demissões e as 1.630 contratações registradas no período.
A Agropecuária foi o setor que mais demitiu, com 4.030 vagas a menos. Na sequência, apareceram Comércio (-30) e Construção (-20), que também mais demitiram do que contrataram.
O resultado ruim refletiu um movimento sazonal do setor com o fim da safra da laranja, que normalmente ocorre entre maio e janeiro. Segundo o Caged, a maioria dos trabalhadores demitidos atuava no cultivo de árvores frutíferas.
Recentemente, o Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) manteve a mesma estimativa da safra 2023/2024 de redução de 0,7% milhões de caixas de laranja devido às condições climáticas desfavoráveis e à incidência de greening no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro.
Das demissões, 2.115 tinham ensino fundamental incompleto. Principalmente, a faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 945 desligamentos.
Segundo o Caged, homens representaram a maioria dos demitidos, com 83,4% do total, ou seja, 2.950 desligamentos. Entre as mulheres, foram 586 demissões.
Por outro lado, Serviços e Indústria foram as únicas atividades com saldo positivo, com 494 e 50 vagas criadas, respectivamente.
Ao longo do ano, a cidade acumulou um saldo negativo de 3.453 vagas a menos. O número contrastou com as 557 vagas criadas no mesmo período do ano passado.
JANEIRO
Em janeiro, Matão registrou a criação de 83 postos de trabalho. Naquele mês, Serviços foi o setor que mais contratou, com 134 vagas abertas.