
Uma boa localização e um prato rápido e prático. Esta é a receita que fez com os espetinhos ganhassem as ruas de Araraquara e se tornassem fonte de renda para pequenos empreendedores.
Há seis meses, o Giovane Francisco Miranda encontrou em um ponto para locação a oportunidade de trocar a carteira assinada pelo próprio negócio. Ele e um grupo de sócios estão apostando na venda de espetinhos.
Em uma localização privilegiada, na Avenida Joaquim Vieira dos Santos, na Vila Xavier – corredor para os bairros da zona leste da cidade – eles vendem, em média, 200 unidades todos os dias, de segunda a sábado.
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“Já tinha expectativa deste movimento. Tudo ainda é novidade, mas estou gostando”, disse o empreendedor que também é dono de uma casa de carnes que fica em frente ao ponto.
Os espetos são preparados por duas pessoas em uma churrasqueira, embaixo de um ponto de táxi. A kafta, por exemplo, é vendida por R$ 4.
Segundo o empreendedor, seu maior público são as pessoas que saem do trabalho, estão a caminho de casa e param em busca de uma refeição saborosa, rápida e prática.
A dona de casa, Angélica Gomes Barbosa, 32, mora nas proximidades da Avenida Manoel de Abreu, que liga Araraquara a Américo Brasiliense. Ela e o marido costumam frequentar os “espetinhos” pela praticidade e qualidade dos produtos.
“É uma opção bem legal para sair da rotina: é rápido, prático. Se quiser, você pode comer aqui ou levar para casa“, explicou a consumidora.

O potencial deste mercado foi enxergado pelo Leandro Freire de Jesus há três anos, quando ele começou a vender espetinhos no Jardim Tabapuã. O negócio deu certo e ele já chegou a vender 400 unidades em um único dia.
O Léo, como é chamado, trabalha de terça a domingo, com 35 opções de espetos. Os valores variam de R$ 9 a R$ 15.
Além da estrutura na esquina da casa em que mora na Rua Mato Grosso, ele também está em aplicativos de mensagem e de entrega de comida. “Foi além do que esperava. Quando eu comecei não tinha esta quantidade de espetinhos [pontos na cidade]”, lembrou.
Hoje, Léo conta com a ajuda de duas pessoas na produção dos espetinhos e duas no atendimento, além da esposa. Mesmo com o sucesso no ponto atual, ele não deixa de sonhar em ter um lugar melhor e maior para atender.
“Quero empreender e espalhar pela cidade. É um sonho ter um galpão, um lugar fixo”, afirmou.
Para o auxiliar de produção Fernando Santos, 41, que consome espetinhos pelo menos uma vez na semana, o sucesso está na praticidade e no preço do produto.
“Às vezes, você pede um lanche ou vai até um restaurante, e demora muito. Aqui não, você para, pede e logo tá na mão. É muito mais rápido e barato”, contou.

