Já é possível encontrar o litro da gasolina abaixo de R$5 em postos sem bandeiras de Araraquara. Sondagem do portal acidade on, realizada na manhã desta segunda-feira (05), encontrou o litro do combustível sendo vendido a R$4,69 – menor valor praticado nos estabelecimentos consultados.
O levantamento foi feito com 12 postos de combustíveis de diversos bairros da cidade. Os valores variaram de R$4,69 a R$5,49.
Mas, considerando os postos com bandeiras que ainda mantém o preço acima dos R$5, o litro da gasolina tem sido vendido, em média, a R$5,03.
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Desde a última sexta-feira (02), o preço do litro da gasolina vendida pela Petrobrás às distribuidoras está 7,08% menor, ou seja, R$0,25 – passou de R$3,53 para R$3,28.
O etanol também está mais barato. Em Araraquara, o valor do litro está sendo vendido, em média, a R$3,38 – variou de R$3,27 a R$3,59.
A aposentada, Norma Azevedo, de 58 anos, utiliza etanol. Ela contou que, ultimamente, estava abastecendo apenas com o necessário.
Agora, está dando para abastecer um pouquinho mais, rodar um pouquinho mais com o carro. Porque antes não dava, estava muito caro”, lembrou.
O motorista, José Donizete Gonçalves de Lima, 60, também sentiu diferença no valor. “Agora já consegue deixar um pouco mais no meio do tanque porque antigamente só andava na reserva. Dá para rodar um pouco mais, passear”, disse.
O aposentado, Marcelo Alcântara, 51, lembrou que com o valor antigo era impossível completar o tanque. Segundo ele, a redução melhorou, mas poderia ser ainda maior.
“Poderia ser um pouco mais acessível para o consumidor. Tá dando para colocar um pouco mais de combustível, mas poderia ser melhor”, avaliou.
Segundo o economista Eduardo Rois Morales Alves, três variáveis que agem em conjunto refletem na diminuição do preço dos combustíveis, como a redução das alíquotas do ICMS pelos Estados, fim das alíquotas do PIS/Cofins pelo governo federal, além da queda do dólar e, consequentemente, do preço do barril do petróleo no mercado internacional.
Esta questão tributária vai ter um preço a ser pago porque os Estados têm no ICMS sua principal fonte de receita. A XP Investimentos estima uma perda de ICMS de R$103 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano. A Confederação Nacional dos Municípios estima uma perda de R$22 bilhões. Esta é uma conta que a sociedade vai ter que pagar a partir do ano que vem”, avaliou.
Para o economista, os preços devem voltar a subir em breve. “Certamente as alíquotas vão voltar a patamares de normalidade pré-eleição, já que esta é uma medida essencialmente eleitoreira. Também haverá uma falta de recursos para Saúde, Educação, Merenda Escolar, enfim, para ações de governo que são financiadas pelo ICMS”, concluiu.