
O número de microempreendedores está em alta em Araraquara desde 2019. A cidade registrou aumento de inscrições de 22,3% de 2020 para 2021, segundo o portal do empreendedor.
O número de registros como MEI saltou de 15.015 no ano passado para 18.336 neste ano. De 2019 para 2020 o aumento foi de 23,7%, com o número de inscrições saltando de 12.130 para os 15.015 registrados no ano passado.
Para o economista José Rita Moreira, um dos fatores que explica este aumento é o fato de muitos brasileiros terem ficaram desempregados por conta da pandemia e, com isso, precisarem encontrar maneiras de se reinventar.
“Tivemos uma fase brutalmente afetada pela pandemia, em que muitas pessoas perderam o emprego e muitas precisaram se virar de alguma forma. Muitas também na informalidade tentando ganhar algum dinheiro. Então, como todo brasileiro é criativo, muita gente foi atrás de soluções e uma das soluções foi abrir uma MEI”, explicou o economista.
BELEZA
O setor de beleza é destaque entre os registros como microempreendedor. Atualmente, são 1.456 negócios voltados à área de serviços de estética, como cabeleireiros, manicures e pedicures. Para o economista, a tendência é que a retomada da economia contribua com a manutenção desses serviços.
“Agora, com a retomada da economia, esses serviços também vão ter mais clientes para serem atendidos. É uma atitude importante, em vez de simplesmente lamentar a situação, as pessoas foram atrás de abrir o seu negócio”, comentou.
Na sequência, aparece o setor de obras de alvenaria, com 1.085 negócios, seguido pelo comercio de vestuário e acessórios, com 1.007. Moreira explica que cabe agora a esses empreendedores executar um bom trabalho, para manter o andamento do negócio.
“Alguns talvez não consigam se manter, porque abriram mais na emoção do que na razão e alguns vão conseguir se manter. Cabe a eles agora agir como empreendedores, investir no negócio, prestar serviços de qualidade, atrais e reter clientes. Se agirem certinho e fizerem um bom trabalho, tenho certeza que vão se dar muito bem”, concluiu o economista.