A safra de mel que começa neste mês em Boa Esperança do Sul pode sofrer uma queda de 70% e terminar com uma produção de 300 toneladas, segundo a associação que reúne 30 apicultores da cidade.
A quantidade representa um terço das 900 toneladas produzidas no ano passado, de acordo com a estimativa da Apisboa (Associação dos Apicultores de Boa Esperança do Sul).
VEJA TAMBÉM
Após dois meses no vermelho, Araraquara recupera geração de emprego em abril
Preço da gasolina pode voltar a aumentar em Araraquara; entenda
Desde a década de 1940, a região de Boa Esperança é uma das maiores produtoras de mel do Brasil, mas tem sido prejudicada por fatores climáticos e pela agricultura, principalmente, pelo uso de agrotóxicos pulverizados nas lavouras de cana e laranja.
Para o o presidente da Apisboa, Edson Alves de Assis, os produtores rurais deveriam adotar boas práticas de produção para proteger o meio ambiente. “É só usar o agrotóxico biológico, que está na moda hoje. Meios têm, é só querer”, afirmou.
O apicultor aposentado Cláudio Thomazin, que faz parte de uma das famílias pioneiras na apicultura de Boa Esperança do Sul lamentou a situação atual. “Se não parar com o veneno não vai ter produção de mel. Não vai ter nem abelha mais. Um inseto tão admirado, tão valioso está se acabando.”