Morreu nesta quinta-feira (13) Pedro Paulo Zavagli, o Spiga, aos 74 anos, vítima de uma embolia pulmonar. Poeta, sambista e personagem marcante da Vila Xavier, Spiga escreveu mais de 80 letras de canções, muitas delas em parceria com o também poeta Rogério Nóia da Cruz.
O velório de Spiga está sendo realizado na Casa Funerária Micelli, na Rua Gonçalves Dias, 1387, até as 15 horas. O sepultamento está marcado para 16 horas, no cemitério São Bento.
Há alguns dias, Spiga tinha fraturado o fêmur em uma queda e passou por cirurgia na Santa Casa, onde ficou internado. O sambista recebeu alta na manhã desta quinta, porém, ao chegar em casa, passou mal e acabou morrendo.
Ao longo de sua carreira, ele se destacou pelas parcerias na música e na vida. Além de ter trabalhado com Rogério Nóia, Spiga registrou parcerias com nomes como Ibys Maceioh e Mario Mammana, entre outros expoentes da MPB. Teve também participação no disco “Leite Preto”, de Carmen Queiroz.
TRAJETÓRIA
Filho de Ida Zavagli e de José Zavagli, conhecido no futebol amador como Zé Palito, o poeta ganhou o apelido de Spiga por gostar de brincar com espigas de milho.
Na juventude, chegou a arriscar a sorte na cidade de São Paulo, onde vivenciou a boemia paulistana, em noites de música e poesia ao lado de nomes como Nelson Cavaquinho, Zé Keti e Jorge Costa, entre outros.
Seus poemas foram musicados por muitos artistas araraquarenses, como Kris Pires, Vinha Haddad e Teroca. Ao lado do parceiro Rogério Nóia, lançou o disco “Poeta das Vilas”, homenagem a José Roberto Terarolli e também participou, em 2012, do programa Sr. Brasil, apresentado por Rolando Boldrin, na TV Cultura.
Sua música “Poeta Sem Rumo”, escrita com Flávio Mazzaferro da Costa e Vera Cecília de Arantes Fernandes Costa, foi finalista do Festival de Música Autoral de Araraquara (FEMA) de 2019. A interpretação ficou a cargo de Maurício Pires.