O ano de 2020 não foi fácil para ninguém. Muito menos para quem é músico e depende de shows e ficou impedido com o isolamento social na pandemia.
Mas apesar dos pesares, a banda Caramelows, de Araraquara, lançou o EP “Melows em Casa”, em julho do ano passado e recebeu ótimas críticas pela mídia especializada em música. Tanto que foram selecionados com a canção “Pote de Cores”, na lista de melhores músicas nacionais de 2020.
“Pote de Cores” foi lançada em novembro do ano passado e gravada em parceira com a cantora moçambicana Selma Uamussi (veja matéria). Com clima dançante em homenagem ao pagode baiano, a música também celebra a diversidade.
Os Caramelows são Péricles Zuanon (baterista), Eder Araújo (sax e flauta), Renata Éssis (vocais), Marja Lenski (percussão), Fernando “TRZ” Falcoski (teclas), Rafael Barone (baixo) e Wiliam Zaharanszki (guitarra).
De Araraquara para o mundo, o grupo já se apresentou em festivais como Lollapalooza Brasil, Rock in Rio, SXSW, Reeperbahn, Glastonbury e muitos outros, além de programas e web shows (Tiny Desk, Furious Sessions). Já dividiram os palcos e estúdio com artistas de peso como Elza Soares, Criolo, Ziggy Marley, Metá Metá e outros.
O álbum completo da banda é esperado para este ano de 2021.
MONSTROS!
Já para quem curte um som mais pesado, a banda “Dead or A Lie” é expoente de Araraquara com seu stoner rock e tem agradado a mídia nacional e internacional com o novo trabalho, “Monster”.
O álbum foi lançado em fevereiro de 2020, após quatro anos de hiato, e conquistou a crítica “pesada”: foi eleito o melhor disco nacional pelo site especializado em rock, Arte Metal. Já saíram também em resenhas positivas em Portugal.
Conceitual e de temática existencialista, “Monster” é o quinto disco da banda araraquarense.
O baixista e guitarrista Matheus Viana idealizou o conceito do disco: uma história de um ser humano em meio a metáforas da vida onde sentimentos de temor, perturbação, suplício e contemplação são musicalizados. Stoner, doom, grunge, new metal e muito Black Sabbath correm nas veias do álbum.
A produção e a gravação foi realizada em Araraquara, no Sunrise Music, estúdio do também araraquarense Ali Jr, atual baixista da banda de hardcore CPM 22.
“Recebemos ótimas críticas nos últimos meses mas, ser alvo de uma nomeação assim, realmente, foi uma surpresa. Toda a nossa dedicação, bem como o carinho do Ali Jr, nosso produtor e baixista do CPM 22, fizeram a diferença”, comenta o baixista e guitarrista Matheus Vieira.
A banda é formada por Matheus Vieira (baixo, guitarra), Carlos Oliveira (guitarra) e Willian Albino (vocal e bateria). O disco contou com as participações de peso de Ricardo Vignini (viola), Cleber Shimu e Danilo Bortolani (guitarras) e Matheus Botelho (teclado).
“Estamos participando também da seleção da revista Roadie Crew, enfim, Monster foi um marco pra gente e também para a cena de Araraquara, de uma maneira geral. Estamos extremamente felizes com tudo isso”,diz o guitarrista Carlos Oliveira.
As músicas estão disponíveis nas principais plataformas de streaming e no canal da banda no Youtube.