- Publicidade -
Lazer e culturaConheça os artistas que ganharam o prêmio no Território da Arte

Conheça os artistas que ganharam o prêmio no Território da Arte

David Engelman, Débora Paiva Andrade e Marco Piantan são os artistas premiados nesta 18ª edição do Território da Arte de Araraquara com o Prêmio

- Publicidade -

“Guarda Sol’ da série “Felicidade em pequenas doses” de Debora Paiva Andrade

Com 289 inscritos, o Território da Arte de Araraquara teve a difícil tarefa de selecionar 50 obras para a exposição digital e, entre estas, 21 recebem certificados NFT e 3 delas levam o Prêmio Incentivo. David Engelman, Débora Paiva Andrade e Marco Piantan são os artistas premiados nesta 18ª edição do Território da Arte de Araraquara.

- Publicidade -

As obras premiadas foram: “Anônimos”, série de pintura de David Engelman; “Felicidade em pequenas doses”, série de fotomontagens de Débora Paiva Andrade; e “Operação Lava Jato”, de Marco Piantan.

A comissão de seleção das obras foi constituída por: Evandro Nicolau, curador; Rita Michelutti, curadora regional e representante do Conselho Municipal de Cultura; Carlos Gimenez, curador convidado; e Carolina Alves Guimarães, representante da Secretaria Municipal de Cultura.

Vale destacar que os 50 artistas ou grupos artísticos selecionados pela comissão fazem parte da exposição do Território. A expografia digital e a arquitetura 3D, em ambiente digital, exibe o conjunto de obras, assim como informações das obras, do artista, ou grupos de artistas, além de outras possibilidades de conteúdos postados.

Dos 21 selecionados para receberem os certificados “NFTs” – Non-Fungible-Tokens (tokens não fungíveis), 3 obras de 3 artistas participantes recebem o Prêmio Aquisição, no valor de R$ 1.000,00 a título de aquisição da NFT de uma de suas obras, que passa a fazer parte do acervo público da Pinacoteca Municipal de Araraquara. Esta é uma ação institucional inédita de aquisição pública de obra digital e incorporação do artista e obra ao acervo municipal de arte de Araraquara. David Engelman, Débora Paiva Andrade e Marco Piantan foram os artistas selecionados pelo júri.

Importante destacar que o NFT funciona como uma espécie de certificado digital e que define originalidade e exclusividade a bens digitais. Um NFT pode estar atrelado a um item digital qualquer (como uma imagem, foto, vídeo, música, mensagem, postagem em rede social, etc.), ser único perante o mundo e abrir espaço para que um mercado se instale. Aliás, o mercado de NFTs vem crescendo a cada dia, despertando a curiosidade e o interesse de artistas e compradores e é uma das novidades desta edição do Território.

- Publicidade -

Evandro Nicolau, curador do Território da Arte, parabeniza todos os artistas participantes do Território da Arte. “Uma das nossas principais ideias foi essa visibilidade a quem se dedica à arte. Aos artistas da exposição digital, aos certificados em NFT, vocês são uma expressão do momento atual da arte e da cultura”, elogia.

O curador lembra o público do Território e a quem visita o site do Território da Arte de Araraquara: “quando se entra nesse espaço digital, existem camadas de percepção. Passeie pela galeria da Rede Cultural, abra a exposição 2D, abra a exposição 3D (para quem puder usar um óculos de realidade virtual a experiência se amplia), abra os links dos vídeos arte no YouTube, e interaja com as redes sociais do Território, Facebook e Instagram, que sero também ativadas na semana que vem para o público. ” Algumas programações como: educativo, visitas virtuais ao site, exposição 2D, 3D e Rede Cultural do Território estão sendo ativadas.

O 18º Território da Arte de Araraquara apresenta o tema “Vida 21 Arte para além da Pandemia”, fazendo uma proposição conceitual inspirada pelos ciclos das eras e das estações da Terra, como uma representação das mudanças necessárias no modo de existir e resistir. Assim, o Território chega promovendo um amplo debate sobre a arte, a cultura, a sociedade e a política.

Todas as obras inscritas na mostra de arte contemporânea estão disponíveis para visitação pública digital, na Rede Cultural do Território e os visitantes podem interagir e comentar as obras pelo link: https://territoriodaarteararaquara.com.br . A programação é gratuita.

CONHEÇA OS ARTISTAS PREMIADOS

Débora Paiva Andrade  

 Débora Paiva Andrade é artista plástica, arte-educadora e designer vive e trabalha em Araraquara – SP. É graduada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia-MG, pós-graduada em Propaganda pela Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo -SP, mestranda em Educação Escolar na Unesp Araraquara com pesquisa sobre a estética na educação.

A artista desenvolve trabalhos artísticos que exploram questões urbanas da contemporaneidade utilizando técnicas digitais, pintura, colagem, desenho, entre outros. Atua em projetos culturais como artista plástica e coordenadora de educativos, ministra cursos e workshops de criação artística. Fez exposições pelo estado de São Paulo e também em Portugal. Participa do Coletivo MIRA de pesquisa em poéticas visuais com artistas de Araraquara e Ribeirão Preto – SP.

A série premiada no Território, “Felicidade em pequenas doses”, é composta por fotomontagens realizadas a partir de imagens encontradas na internet ou revistas, das quais Débora se apropria, utilizando das possibilidades da tecnologia digital para criar “novas realidades” dentro da realidade. “O título também é apropriação de uma frase de revista que indicava o consumo de bens de luxo como pequenas doses de felicidade”, explica.

“As sínteses visuais que crio, por meio das colagens digitais, buscam esteticamente denunciar os mundos que coabitam o mesmo espaço urbano, mas que raramente se misturam na materialidade. A inusitada mistura de imagens na obra propõe e desafia a reflexões sobre a ilusão do consumo, sobre a dicotomia entre falta/excesso e as desigualdades geradas por uma sociedade injusta que foi extremamente agravada pela pandemia e suas consequências”, justifica a artista premiada.

“Participar do 18º Território da Arte é antes de tudo um ato político, como artista da cidade acho de extrema importância a adesão, participação e apoio a toda a iniciativa pública relacionada a cultura e arte para a formação de público, de novos artistas e para o aperfeiçoamento dos dispositivos culturais, de maneira que estes possam levar aos cidadãos, a possibilidade de uma fruição artística de qualidade.

Esta premiação tem um grande significado para mim, é uma confirmação de que a arte pode ser transformadora e que dedico a todas as mulheres artistas que se aventuram a fazer arte fora dos grandes centros, e que buscam superar vários obstáculos para que seus trabalhos tenham visibilidade. Fico muito agradecida ao curador e toda equipe organizadora do 18º Território da Arte pela oportunidade de estar em companhia de talentosos artistas na inovadora rede social que foi criada para o evento e parabenizo todos os artistas participantes, selecionados e premiados.

David Engelman 

David Engelman é artista plástico, nascido e residente em Curitiba, formado pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Aos seis anos de idade, o artista, perdeu o seu pai. O luto, entranhado de dor e melancolia, trouxe consigo a empatia, e a percepção da dualidade da vida, sua beleza e caos. Tais conceitos são temas recorrentes em sua obra.

Atuante desde 2005, participou de exposições no Brasil, Estados Unidos da América e Israel, totalizando até a presente uma exposição individual, dez exposições coletivas, e 9 salões de arte, dois prêmios e uma menção honrosa. Possui uma obra incorporada ao acervo do Weisman Art Museum Minneapolis EUA, e em breve terá uma obra incorporada ao acervo municipal de Araraquara.

A série de pinturas premiada no Território, “Anônimos”, traz como tema: o confronto com o presente, a morte que invade lares sem ser franqueada, a “distância e a proximidade entre anônimos que se deparam com a verdade “incontestável. Essas cenas foram registradas na realidade e são protagonizadas por pessoas. Tais registros são apropriados e alterados pelo artista, até que os convertem em pinturas a óleo.

A melancolia, a dor da perda gerada pelo irreversível, a banalização da morte, a indiferença à vida, são motrizes que movem atualmente o artista. Essas pinturas, além de denunciarem tempos tão sombrios da nossa História, exercem funções de catarse e memória.

“É a primeira vez que participo do Território da Arte de Araraquara. Eu me sinto extremamente feliz e honrado em fazer parte desta edição e por ter sido premiado. Lembro que, quando estava lendo o edital, chamei a minha esposa e o li em voz alta para ela. Os questionamentos deste edital estavam tão alinhados com o nosso posicionamento que fiquei eufórico ao lê-lo, e então aí surgiu essa simbiose, entre o meu trabalho e o 18º Território das Artes”, aponta Engelman.

Marco Piantan 

Formado em Educação Artística em 2003 pela Unesp, Marco Piantan trabalha como professor de Artes na rede pública de ensino de São Paulo desde 2004. Seu trabalho se relaciona com diversas linguagens, como: escultura, objetos de arte, fotografias, pinturas, performances, instalações e intervenções urbanas.

Piantan disse estar bastante honrado com a premiação recebida pela obra “Operação Lava Jato”. “Essa obra foi feita em 2019, quando ainda grande parte da esquerda brasileira apoiava a Força Tarefa de Curitiba, e antes que o The Intercept revelasse de forma contundente os bastidores da Operação demonstrando que sua verdadeira intenção não era a busca da verdade, mas a construção de sistema que interviesse no campo político com objetivo de satisfazer seus próprios interesses”, revela. “Portanto , lancei mão de recursos artísticos para criticar e denunciar o envolvimento dos EUA nos acordos secretos com a nossa justiça, ferindo o princípio de soberania nacional. ”

Em “Operação Lava Jato”, Piantan pintou a bandeira dos EUA por baixo com uma tinta à base de solvente, e por cima pintou a bandeira do Brasil com tinta à base de água. “Assim quando eu lavo o Brasil surge a bandeira dos EUA por baixo formando afinal uma dupla bandeira composta pela sobreposição e posterior apagamento da bandeira do Brasil. Essa revelação com a despintura que a obra proporciona é uma forma de simbolicamente criticar nossa subserviência e apontar através da arte um caminho para a construção de um país livre e autônomo para escolher seu futuro”, finaliza o artista.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -