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Lazer e culturaDia do Poeta: conheça seis poetas de Araraquara

Dia do Poeta: conheça seis poetas de Araraquara

Narrativas variadas e ações póeticas são características de poetas e poetisas da cidade

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Placas poéticas: Rodrigo Vulcano tem frases espalhadas pela cidade (Foto: Arquivo pessoal)

Escrita que vem da alma, do cotidiano, de amores partidos ou festejados, da revolta, a poesia é o combustível de muitos araraquarenses para enfrentar e inventar outro mundo possível.

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No dia do Poeta, comemorado nesta quarta-feira (20), a reportagem conversou com seis poetas e poetisas da cidade para entender o que os motivam na escrita poética. 

1 – TADEU MARCATO
Poesia existencial e filosófica acompanham o trabalho do poeta Tadeu Marcato. O araraquarense é professor na rede pública da cidade, e desenvolve desde 2018 o projeto “Ensino de Filosofia: A poesia e a Filosofia como ferramentas para a emancipação do indivíduo com foco na prevenção à dependência química”. 

Marcato é poeta, escritor e tem quatro obras publicadas: Maiêutica poética (2015); Descompasso (2016); Descanso do caos (2017); I Antologia poética ALR (2019) – esta última, fruto de um trabalho realizado em sala de aula com alunos do Ensino Médio.  

“Descanso do Caos” é um livro de Tadeu Marcato que versa sobre a dependência química  (Foto: Divulgação)

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“Fazer poesia traz uma função muito terapêutica, porque quando saía de um processo de dependência q uímica descobri a escrita como uma forma de canalizar a compulsão e obsessão. Com o passar do tempo, a poesia ficou vinculado ao cotidiano, ao dia a dia, a própria existência, todo dia eu escrevo algo e elaboro o pensamento de forma poética”, comentou Marcato.  

Tadeu Marcato é escritor e poeta araraquarense (Foto: Divulgação)

2 – LÚCIA FURTADO (LuF)
Artivista política, Lúcia Furtado, conhecida por LuF, tem uma extensa produção poética e visual nas redes sociais. Integrante do grupo Projetemos, suas poesias são projetadas em várias cidades do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte. 

LuF começou na poesia ainda criança anotando os seus sonhos, e nunca mais parou de “sonhar” a poesia. Ela participou da coletânea ‘Janelas e Portas da Alma’, lançada em 2020 na cidade de Cascais, Portugal.  

Lúcia Furtado, a LuF, é uma artivista poética de Araraquara (Foto: Arquivo pessoal)

“Minha poética é também política, e faço parte do grupo Projetemos, um grupo de projecionistas militantes, tenho muitas artes projetadas em cidades do Brasil. A poesia, como toda manifestação artística, é de suma importância social e em tempos difíceis, como o que estamos passando, transmite alento, reflexões e provocações acerca de relações intimistas ou sociais, dependendo da forma e conteúdo” lembrou.  

Para a artivista, a arte poética tem o papel de provocar, aceitar provocações e desafios. “É resistência e luta”. 

Ela também comercializa seus poemas visuais em objetos, como camisetas, agendas e canecas. Para conhecer mais, clique aqui.  

Poesia e ativismo: frases de LuF são projetadas em edifícios de capitais do país (Foto: Projetemos)

3 – MARCELO CORREA DA SILVA
O cabeleireiro e jornalista Marcelo Correa da Silva é um cara bom de prosa, e inclusive, o seu livro de poesia “Poesia boa de prosa”, de 2005, faz jus ao fato. 

“Acho legal dizer, que a capa de ‘Poesia boa de prosa’ é uma tela de Ernesto Lia, um dos maiores expoentes de nossas artes plásticas”, comentou. 

“Poesia Boa de Prosa” de Marcelo Correa da Silva (Foto: Arquivo pessoal)

 Ele também participou da coletânea araraquarense “Poesias, Contos e Prosas”, lançado pela Associação de Escritores de Araraquara e outra coletânea pela Academia Araraquarense de Letras. O seu último livro é de literatura: “Débora Mental assim na terra como no céu”. 

“Minhas temáticas preferidas são a própria literatura, o amor e a morte. Gosto de transitar pelos vários gêneros da literatura”, contou.
Para Marcelo, a literatura e a poesia é uma oportunidade de harmonizar pensamento e ação, mundo interior e mundo exterior. 

“Mas o que mais queria como poeta é que todas as pessoas tivessem acesso aos bens mais básicos como saneamento, casa, moradia, educação, depois é que a gente vai pensar em poesia”, apontou.  

Marcelo Correa lança seu primeiro livro de ficção (Foto: Amanda Rocha/ACidadeON)
Marcelo Correa posa com o seu primeiro livro de ficção (Foto Arquivo: Amanda Rocha/ACidadeON)

4 – BRUNO CALDEIRA
Bruno Caldeira se define como poeta do absurdo. Aos 24 anos, o multiartista narra as dores e prazeres que seu corpo vivenciou. 

Seu primeiro livro “Por mais forte que possam ser os teus anseios, você não pode segurar a água” foi lançado no ano passado e já está esgotado. Só há versões online. 

Marcelo Correa lança seu primeiro livro de ficção (Foto: Amanda Rocha/ACidadeON)
O jovem escritor Bruno Caldeira com o seu livro de estreia (Foto: Arquivo pessoal)

O livro narra suas reflexões em torno do candomblé, questões raciais, amor e autoconhecimento. Além de escrever poesia, Bruno também é ator e performer. 

“Fazer poesia é me conhecer. Me habitar. Desafiar. Poesia para sustentar o mundo. Torná-lo mais leve. Faço poesia para provocar a normalidade e exigir mudanças através dela”, contextualizou.  

Marcelo Correa lança seu primeiro livro de ficção (Foto: Amanda Rocha/ACidadeON)
Livro de Bruno Caldeira está esgotado, só há versões online (Foto: Arquivo pessoal)

5 – MICHELLE FRANZINI ZANIN
A jornalista e escritora Michelle Franzini Zanin acredita no poder de transformação das palavras no dia a dia das pessoas, além, claro, da expressão máxima dos sentimentos. 

O primeiro poema que escreveu foi aos sete anos, um presente para o seu pai. “Ainda tenho guardado esse texto”, lembrou. 

Michelle é autora de quatro livros, entre poesia e textos jornalísticos. “Vida”, “Metáforas”, “Asseverações” e “Santa Lúcia: A pérola do interior paulista”.

“Fazer poesia é a expressão máxima dos sentimentos, é expor de forma sutil e bela as peculiaridades que passam despercebidas em nossa realidade. Escrevo poemas para tentar tornar o mundo um lugar mais ético e justo. Através das palavras tenho um poderio de mudanças que pode e faz diferença no dia a dia das pessoas”, frisou.  

Marcelo Correa lança seu primeiro livro de ficção (Foto: Amanda Rocha/ACidadeON)
Michelle Zanin tem quatro livros publicados (Foto: Arquivo pessoal)

6 – RODRIGO VULCANO
Criatividade, reflexões, haicai e muita arte fazem parte da narrativa poética do escritor e músico Rodrigo Vulcano.
Seus livros são inusitados e questionam os formatos tradicionais, como “Embrulha para viagem”, e “Doses Homeopáticas”.

“O ‘Embrulha para viagem’ são textos embrulhados em numa embalagem de lanche, pra matar a fome de leitura mesmo, as fotos são de André Teco. Já ‘Doses Homeopoéticas’, os textos que vão dentro de algumas pílulas, que você abre e lê, textos de 140 caracteres, foi um livro lançado na pandemia. ” comentou o escritor. 

Marcelo Correa lança seu primeiro livro de ficção (Foto: Amanda Rocha/ACidadeON)
Rodrigo Vulcano lança livros em formatos inusitados e criativos (Foto: Divulgação)

O escritor faz bastante parceria e tem livros publicados junto aos fotógrafos araraquarenses Daniel Barreto e Lucas Tannuri, com “Almas do pensamento” e “O desafio das pequenas coisas”, respectivamente.

Na ação poética “Quando viu já foi” placas de rua com frases poéticas e reflexivas foram espalhadas pela cidade. 

“Poesia para mim é movimento, e livro tem que ter asas e como Manoel de Barros disse” Poesia é voar de fora da asa”, temos que procurar o leitor e formar desde a infância. Essa coisa de deixar o livro numa estante como um souvenir me incomoda um pouco, as pessoas tem que ter mais contato, temos que chegar em mais gente, uma placa na rua chama atenção, e faz você pensar em alguma coisa e te tira da mesmice, do celular”, refletiu. 

 Na pré-pandemia, Rodrigo Vulcano lançou a editora Geringonça para publicar suas obras literárias. Já participou por anos da Associação dos Escritores de Araraquara, e fez parte de duas coletâneas locais. 

Marcelo Correa lança seu primeiro livro de ficção (Foto: Amanda Rocha/ACidadeON)
Criatividade e parceria poética: Rodrigo Vulcano tem livros lançados com fotógrafos de Araraquara (Foto: Arquivo pessoal)

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