O domingo (30) em Araraquara traz apresentações culturais diversas no “Sarau em Rede”, a partir das 16 horas, no canal do Youtube da Prefeitura.
A programação diferenciada online enfoca o mês do trabalhador e mostra a produção do cenário artístico araraquarense na pandemia.
Todas as apresentações foram selecionadas por meio de edital lançado pela Secretaria Municipal de Cultura e Fundart.
Os editais têm a intenção de amenizar os efeitos da pandemia ocasionada pela covid-19, que atingem diretamente a classe artística, primeira a encerrar seus trabalhos e ainda sem previsão para um retorno satisfatório.
A Secretaria Municipal de Cultura tem mantido políticas públicas com o objetivo de contribuir com os artistas locais, além de manter sua programação cultural, de forma online, fomentando o trabalho artístico da cidade.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
16h “Trabalhadores araraquarenses perguntam!”, com Ahigor e Gabriel Lagrotta
Quem construiu nossas Ruas? Quem construiu nossa Morada? Nas placas estão os nomes dos senhores, mas foram eles que ergueram as estruturas? Ao caminhar pela sombra dos tapetes verdes do Boulevard dos Oitis. Já se perguntou quem foi que plantou nossas árvores? Os performers Ahigor e Gabriel Lagrota trazem à cena uma reflexão sobre a importância do trabalho e seus desafios em tempos pandêmicos a partir do poema performance “Trabalhadores araraquarenses perguntam!”, inspirado no poema original “Perguntas de um Trabalhador que Lê”, de Berthold Brecht.
Ficha técnica
Texto: Criação Autoral da artista Ahigor em composição coletiva com Gabriel Lagrotta baseada na obra de Berthold Brecht
Atuação: Ahigor e Gabriel Lagrotta
16h10 Tributo aos Trabalhadores Negros, com Nala Suê
A performance Tributo aos Trabalhadores Negros é uma homenagem a todos os trabalhadores negros e negras que lutam por mais respeito, dignidade e melhores condições de trabalhos. A atriz Nala Suê interpretará uma empregada doméstica que ao ter conhecimento dos altos índices de desemprego dos negros no país, se prepara para se rebelar saudando seus ancestrais, movimentos de luta e conquista
que a antecederam.
Ficha técnica
Concepção, produção, direção, execução – Nala Suê
16h20 “Trabalhança”, com Vitorugo
“Trabalhança” é uma intervenção teatro-poética criada e realizada por Vitorugo. Representando um enlace entre história e poesia, diretamente relacionadas à temática do Mês do Trabalhador.
Ficha técnica
Roteiro e Direção: Vitorugo
16h30 “Cartas para um trabalhador que lê: uma releitura de Bertold Brecht e Solano Trindade”, com Bruno Caldeira
A performance “Cartas para um trabalhador que lê: uma releitura de Bertold Brecht e Solano Trindade” narra na linguagem performática, dentro do contexto do Teatro Épico, uma condecoração a todos os trabalhadores e trabalhadoras que lutam por mais respeito, dignidade, melhores condições de trabalho e a valorização e reconhecimento de sua mão de obra. O artista Bruno Caldeira fará uma releitura dramática de duas obras de Bertolt Brecht e uma obra de Solano Trindade, respondendo alguns trabalhadores em uma espécie de exercício de escuta, Bruno Caldeira dará vida e voz às dores e lamentos desses trabalhadores. Neste caso, a releitura teatral e dramática dos textos de Brecht e Trindade entrará em nosso contexto social atual, em uma espécie de adaptação crítica à nossa cultura, aproximará a obra do público, enriquecendo-a com uma nova visão e contexto.
Ficha técnica
Concepção, adaptação, produção e execução: Bruno Caldeira
Obras: Bertolt Brecht e Solano Trindade
Direção e assessoria: Bruno Caldeira
16h40 Dança Contemporânea e Danças Urbanas, com João Pedro Ferreira
Utilizando as modalidades de Dança Contemporânea, Danças Urbanas e Capoeira, João Pedro Ferreira irá apresentar uma performance com o objetivo de mostrar uma realidade do trabalhador, em suma, o trabalhador de periferia, que muitas vezes tem um segundo emprego para complementar a renda.
Ficha técnica
Direção, montagem do som e figurino: João Pedro Ferreira
16h50 “Aos que vão nascer”, com Victor Ferrari
Quando uma poesia é recitada para o público todos param para ouvir com atenção. Quando um ator se coloca de frente para uma câmera ele quer comunicar algo com alguém está do outro lado da tela. Quando a palavra é carregada de horror pelos tempos que vivemos, um sentimento em comum atravessa o performer e o espectador. A declamação do poema “Aos que vão nascer” de Bertold Brecht é uma pílula poética para se ter coragem e esperança por tempos melhores.
Ficha técnica
Texto: Bertold Brecht
Atuação: Victor Ferrari
17h A Menina Mandou. En)Cantar: histórias de infâncias
Já parou para pensar na realidade que trabalhadoras e trabalhadores têm vivido desde o início da pandemia? Home-office (quando possível), ensino remoto (se tiver acesso à internet), CRIANÇAS EM CASA EM TEMPO INTEGRAL! Conciliar cuidados com a casa, trabalho e filhos em tempos de pandemia é uma tarefa hercúlea. Pensando nisso, a artista Amanda Bueno criou a performance A Menina Mandou, que traz à cena uma reflexão sobre o “render-se” aos desejos de uma criança. Com formação em educação e vivência em artes e cultura popular, Amanda fundou a “En)Cantar: histórias de infâncias” (no plural mesmo!), um espaço de conteúdos feitos com crianças, para crianças, sobre crianças e que busca acessar as infâncias que todas as pessoas, independente da idade, carregam. Por meio de histórias escritas, contadas, cantadas, ilustradas e representadas em variadas linguagens artísticas, a En)Cantar procura valorizar aquilo que as crianças produzem e fazê-las acessar conteúdos culturais de qualidade.
Ficha técnica
Criação e performance: Amanda Bueno
Música e sonoplastia: Guilherme Garboso
17h10 Mãos que sustentam, com Stefani Romera
Qual a relação das mortes geradas pela pandemia com o feriado comemorado no dia 1° de maio? A performance baseia-se em fatos do momento histórico atual em contraste com os acontecimentos dessa data que é retrato de tantas outras.
Ficha técnica
Texto e interpretação: Stéfani Romera
17h20 “Kypeera ki soul”, com José Guilherme Costa
“Kypeera ki soul” é uma performance poética do selo Menino Andante, na qual o ator-celebrador José Guilherme evoca as palavras do poeta Walt Whitman para fazer um canto a si mesmo, à vida, e às suas conexões com as pessoas com quem ele se encontra por meio das palavras lançadas ao espaço. Através do personagem histórico evocado, o artista contemporâneo também apresenta um poema próprio influenciado pela figura e existência do outro, mostrando a parte que tem de Walt dentro de si e manifestando sobre sua busca em se conectar com as pessoas.
Ficha técnica
Concepção e atuação: José Guilherme
Poemas: Walt Whitman e José Guilherme
17h30 – SLAM, com Geovana Oliveira
Nos libertaram para viver mas não nos ensinaram a sobreviver, se já era difícil viver em boas condições imagina durante uma pandemia, se alguém ficar doente como que se isola? A quebrada não tem e nunca teve estrutura pra isso, não é de hoje que isso acontece não tivemos estrutura desde sempre, qual base e apoio que vocês deram? A quebrada sempre foi nós por nós, porque se não fosse tava todo mundo fodido! E além de tudo temos que lidar com o genocídio do povo preto, a cada 16 horas um negro foi morto pela polícia só no primeiro trimestre desse ano, e o que isso significa pra vocês? Somos só mais um, MAIS UM NEGRO É MORTO PELA POLÍCIA e pra vocês isso é o que? Geovana fará uma apresentação de slam no Cultura em Rede, um movimento on-line da prefeitura em homenagem ao dia do trabalhador, os temas das poesias vão desde críticas sociais até a visão de uma jovem preta periférica”.
17h40 Romani Turkish, com Valéria Dias Pestana
Quando pensamos no mês trabalho, logo vem à mente o trabalho assalariado. Aquele onde se recebe de acordo com suas atribuições oferecidas. Nos esquecemos daqueles que trabalham gratuitamente, por exemplo as mulheres que são do lar. Incansavelmente repetem o trabalho diariamente sem receber nenhum dinheiro em troca. Voltando esse olhar para a dança não poderia deixar de lembrar das Mulheres Romani da Turquia. A dança Romani Turca é pouco conhecida no Brasil. Mulheres Ciganas (Romani) muitas vezes camponesas e cuidadoras de suas Cavernas (Lares) no grande cenário da Capadócia.
Ficha técnica
Direção e realização: Valéria Dias Pestana
17h50 Cia De Dança Thais Mansini
A Cia de Dança Thais Mansini mostra uma atualização dos conceitos tradicionais de tango. Uma apresentação feita por duas mulheres, aproximando os movimentos do tango à desconstrução das estruturas de gêneros impostas pela sociedade, mostrando um ambiente de tango livre para uma dança livre de amarras de gêneros.
Ficha técnica
Concepção: CIA DE DANÇA Thais Mansini
Direção Artística e Coreográfica: Thais Mansini
Artistas Participantes: Thais Mansini, Andréia Cristina Jóia
18h “Coverproject” Alan Chagas
Alan Chagas pretende demonstrar toda a sua versatilidade como instrumentista, tomando a bateria como protagonista. No repertório ele destacou canções de grande conhecimento popular, porém com uma dinâmica de execução diferenciada e sofisticada, dando um perfil inédito às canções escolhidas.
Ficha técnica
Bateria: Alan Chagas
SERVIÇO
Cultura em Rede Mês do Trabalhador
Exibição online: YouTube da Prefeitura Municipal
Período: de 27 a 29 de maio e de 03 a 06 de junho.
Horário: a partir das 19h
Dia 30 de maio
16h “Trabalhadores araraquarenses perguntam!”, com Ahigor e Gabriel Lagrotta
16h10 Tributo aos Trabalhadores Negros, com Nala Suê
16h20 “Trabalhança”, com Vitorugo
16h30 “Cartas para um trabalhador que lê: uma releitura de Bertold Brecht e Solano Trindade”, com Bruno Caldeira
16h40 Dança Contemporânea e Danças Urbanas, com João Pedro Ferreira
16h50 “Aos que vão nascer”, com Victor Ferrari
17h00 A Menina Mandou. En)Cantar: histórias de infâncias
17h10 Mãos que sustentam, com Stefani Romera
17h20 “Kypeera ki soul”, com José Guilherme Costa
17h30 – SLAM, com Geovana Oliveira
17h40 Romani Turkish, com Valéria Dias Pestana
17h50 Cia De Dança Thais Mansini
18h00 “Coverproject” Alan Chagas