Com base nas imagens do circuito interno e identificação dos manifestantes, a Câmara de Araraquara vai representar judicialmente os envolvidos em ato de vandalismo após a votação do passaporte vacinal.
Na última terça-feira (08), logo após a aprovação do passaporte da vacina, um grupo de manifestantes quebrou o vidro da porta de entrada da Casa de Leis e agrediu funcionários que tentaram conter a ação.
O caso foi registrado na Polícia Civil e a Câmara busca agora responsabilizar os envolvidos nessa ação. Ao acidade on, o presidente da Câmara, Aluísio Braz, o Boi (MDB), explicou os passos do Legislativo.
“Fizemos uma reunião com o corpo jurídico, os procuradores, analisamos as imagens, montamos a peça de representação, com muita tranquilidade, mas também com tristeza”, afirmou.
“Meu cargo de presidente não dá o direito de prevaricar, então as imagens com as pessoas que fizeram o ato ou ação que deu a depredação e agressão aos funcionários – infelizmente dois funcionários foram atingidos com agressão, um ficou na iminência de uma contusão grave no olho -, está sendo relatado para o MP, a Polícia Civil e o Judiciário”, completou.
O presidente da Casa de Leis fez questão de ressaltar que reconhece o direito de manifestação das pessoas, mas disse ser inadmissível que isso se torne qualquer tipo de agressão ou dano ao patrimônio público.
“É bem-vindo o movimento, quero frisar que são bem-vindos os movimentos, mas qualquer coisa que passe de uma manifestação democrática e vá para vias de fato, ameaça, agressão, para integridade física das pessoas, funcionários e vereadores, infelizmente, não podemos conviver e achar que é normal”, reforçou.
Questionado sobre o custo para fazer a troca dos vidros, Boi disse que o orçamento está sendo feito para a substituição, mas apontou que a responsabilização não visa trocar, mas sim evitar novos episódios.
“Foi feito o orçamento, mas acho que o valor é irrisório. E não é o valor, porque se não, com todo respeito, eu mesmo trocaria. Mas é o simbolismo, pois hoje é um vidro, amanhã um carro, algo maior e se não tivesse a abordagem que foi feita dos seguranças, Polícia e Guarda, a gente não saberia a dimensão que isso podia ter”, finalizou.