Vereadores de Araraquara aprovaram, na última terça-feira (18), moção de repúdio pela realização de uma festa rave no Clube Náutico, localizado em Américo Brasiliense.
Segundo a moção aprovada por unanimidade, estima-se que mais de 18 mil pessoas participaram do evento, com ingressos entre R$ 150 e R$ 450.
Os parlamentares alegaram no documento que não foram cumpridos os protocolos sanitários para evitar a transmissão da covid-19 como, por exemplo, uso de máscara e distanciamento.
O documento é assinado por Luna Meyer (PDT), João Clemente (PSDB) e Rafael de Angeli (PSDB). A parlamentar pedetista reforçou que não houve o cumprimento dos protocolos.
“O que vi como problema foi enfiar uma superlotação acima do que o alvará previa. A informação que recebi é que era cobrado o passaporte na entrada e máscara, mas depois que entrava ninguém mais supervisionava isso”, apontou.
“Estamos passando por um pico da pandemia. E tenho certeza que controlar as grandes aglomerações é prioridade”, completou.
Já o vereador João Clemente (PSDB) disse que as pessoas têm uma falsa sensação de que a pandemia terminou, mas reforçou ser preciso reduzir a contaminação pela doença.
“Alertar as pessoas, porque os efeitos dessa aglomeração vamos sentir na próxima semana, do mesmo jeito que sentimos o Natal e Ano Novo. É neste sentido que repudiamos essa prática”.
Os parlamentares consideraram “falta de responsabilidade” a realização do evento e apontaram na moção que não houve cumprimento dos protocolos sanitários individuais.
O documento apontou ainda que a realização do evento pode impactar no aumento de casos de covid-19 e até mesmo mortes em meio ao enfrentamento da pandemia.
OUTRO LADO
Procurado, o Clube Náutico Araraquara reiterou que o espaço para o evento foi locado, e os contratantes obtiveram as devidas licenças do poder público para realizar o evento, a eles cabendo o cumprimento das normas preconizadas.
Já a Prefeitura de Américo Brasiliense disse que desde o início da pandemia seguiu o plano São Paulo e as determinações do governo Estadual. Sobre a festa, informou que seguiu a resolução SS166 com as condições para que eventos aconteçam.
“Estávamos em tratativas desde o início de dezembro, não havia tempo hábil para o cancelamento do evento sem que sofressem grandes danos, uma vez que a crescente de casos se deu no fim da primeira semana de janeiro”, disse em nota.
“Uso de máscara na permanência do evento é obrigatório, como em qualquer outro local, mas existe um fator importante que o evento ocorreu em ambiente aberto. A Vigilância esteve presente no evento para garantir que os organizadores cumprissem os protocolos”, completou o posicionamento.