Em assembleia em frente à Câmara de Araraquara, na tarde desta terça-feira (20), os servidores decidiram continuar a greve na quarta-feira (21), mesmo cientes da liminar judicial que determinava retorno de parte da categoria.
“Vocês só tem a incumbência de trazer mais gente amanhã, às 8h, na porta da prefeitura”, convocou durante a assembleia Gustavo Jacobucci, presidente do Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara). Nesta terça-feira, cerca de 1 mil servidores passaram pelas manifestações no Paço Municipal.
Os servidores ainda aguardam um posicionamento do prefeito Lapena (PL) sobre a incorporação do abono pecuniário ao vale-alimentação, entre outras reivindicações da categoria.
De acordo com Jacobucci, o Sismar ainda não havia sido notificado, na tarde de terça, sobre a liminar que determinou a suspensão parcial do movimento grevista, emitida pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

“Não é novidade alguma, a gente está acostumado, nosso jurídico já está preparado.(…) A partir do momento da notificação iremos tomar uma iniciativa, mas para os servidores que estão na paralização não há mudanças, até porque a quantidade de servidores não chega aos 30% [permitido pela liminar]”, completou Jacobucci.
No fim da tarde desta terça-feira (20), a administração municipal convocou uma coletiva de imprensa para prestar esclarecimentos sobre a liminar
No entanto, Lapena não compareceu à coletiva – conduzida por representantes de seu governo – pois não estava no município.
Entenda a liminar
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou, em liminar, que 70% dos servidores públicos municipais de Araraquara permaneçam em atividade durante a greve iniciada nesta terça-feira (20), sob pena de multa diária de R$ 20 mil ao sindicato que representa a categoria.
Além de suspender parcialmente o movimento, o município também foi autorizado a descontar da folha salarial os dias não trabalhados pelos grevistas.
A decisão do desembargador Beretta da Silveira foi deferida a favor da Prefeitura, do DAAE (Departamento Autônomo de Água e Esgotos), da Fundação Municipal Irene Siqueira Alves “Vovó Mocinha” e da Maternidade Gota de Leite.