Com fim de contrato de serviço com a Prefeitura de Araraquara em junho, vigilantes empregados pelo Grupo Carrara – responsável pelo patrulhamento em prédios públicos do município – se sentem ‘à deriva’.
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Na manhã desta quarta-feira (18), a vigilante Iara Dias denunciou, em entrevista ao Jornal da EP, que a terceirizada teria avisado os funcionários – em um grupo de mensagens – que não teria dinheiro para pagar salários e verbas rescisórias.
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Mensagens
Nas mensagens, um supervisor dos vigilantes alega que os vencimentos não serão pagos pois a administração pública não teria feito o repasse de verbas.
Segundo a denuncia, a Carrara já mandou mais de 80 funcionários embora, que cumprem aviso prévio.
“Ontem, faltando dois dias para fazer nosso ‘acerto’ [termo popular para rescisão], ele vieram comunicar a gente o [nome do supervisor], meu supervisor, colocaram no grupo que a prefeitura não tem dinheiro para pagar nem os salários e nem a rescisão dos vigilantes que saíram”, disse Iara ao Jornal da EP.
“O [nome do supervisor] colocou no grupo que era pra nós procurarmos nossos direitos, um vereador, a rádio, para forçar a prefeitura a estar pagando”, completou a vigilante terceirizada.

Empresa garantiu pagamento, mas voltou atrás
Iara trabalhou como vigilante noturna por um ano e dois meses em duas instituições de ensino do município. Inicialmente ficou combinado que o aviso prévio seria cumprido de 13 de maio a 13 de junho.
“O acerto seria dali a 7 a 10 dias, o supervisor garantiu que a empresa honraria com o pagamento, e, agora esse banho de água fria, sem emprego e sem receber”, disse Iara ao acidade on.
Procurada pela reportagem do acidade on, a Carrara não se pronunciou. Já a prefeitura disse em nota que já realizou o pagamento de parte dos valores devidos à empresa Carrara.
E que os contratos estão em fase de negociação e que “como medida alternativa, a administração optou por não renovar alguns deles, buscando novas soluções que garantam a segurança com responsabilidade e equilíbrio financeiro”.
A administração não respondeu aos demais questionamentos da reportagem, como quantos postos devem ser deixados em aberto ou como será feita a vigilância patrimonial dos prédios públicos com o encerramento contratual.