O advogado de Emanoel Sponton (Progressistas), Paulo Valili Neto, reconheceu a existência de transferências bancárias feitas por ex-assessores do vereador, mas descartou que a prática tenha ocorrido sob ameaças ou como condição para que permanecessem no cargo.
Sponton responde por suposta prática de “rachadinha” em seu gabinete, ou seja, por cobrar parte dos salários de ex-assessores. Além de uma representação no Ministério Público de São Paulo, ele também é investigado por uma Comissão Processante na Câmara Municipal.
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Em entrevista ao Jornal da EP, da Rádio EP FM, na manhã desta quarta-feira (25), antes do depoimento do vereador à Comissão, Valili afirmou que as transações eram voluntárias e destinadas exclusivamente à Associação de Moradores do Parque das Hortências.
“Não estou dizendo que o Pix não existiu. Estou dizendo que não havia ameaça e que não era uma condição para trabalhar na Câmara essa devolução“, afirmou o advogado. “As transações, as saídas, são todas para fins da associação e não para fins particulares do Emanoel”, completou.
Paulo Valili disse ainda que o erro do vereador foi a “inocência de achar que aquilo não seria crime”. “Para ele, isso não seria algo prejudicial, porque o dinheiro não ficava com ele, ia para a associação. Isso ficou comprovado”, explicou.
A defesa também confirmou a existência de um Acordo de Não Persecução Penal firmado com o MP-SP, que está em fase de homologação e pode encerrar eventual processo criminal na Justiça.
“Se firmamos um acordo, o Emanoel aceitou o erro dele. Mas o que estamos combatendo é a questão da ameaça, é a questão da obrigatoriedade, porque, se realmente existisse, não teria sido feito o acordo — já que, em caso de ameaça, não cabe acordo”, justificou.
Sobre o andamento da investigação na esfera política, que pode resultar na cassação do parlamentar, o advogado disse que Emanoel Sponton está disposto a aceitar. “Estamos aqui hoje para contar a verdade. Temos documentos para comprovar o que estamos alegando. Independentemente do que vier, estamos dispostos a aceitar“, concluiu.
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