O ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), confirmou, em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews, na última quinta-feira (24), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será candidato à reeleição no ano que vem. Ele também respondeu à jornalista Andréia Sadi sobre o futuro do partido pós-Lula.
“Ele [Lula] tem uma frase que eu penso ser brilhante. Ele diz assim: ‘Olha, o meu sucessor não será um nome, o meu sucessor será o partido. Se o PT estiver forte, se o PT entender os desafios deste século XXI, se o PT estiver implantado efetivamente no seio da sociedade brasileira com a agenda da sociedade brasileira do século XXI, o nome a gente constrói; o PT terá força para construir um nome‘”, disse.
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Para o ex-prefeito, interpretar a nova classe trabalhadora brasileira e as profissões que estão emergindo neste momento da história estão entre os principais desafios do partido. “Temos dificuldade de dialogar, por exemplo, com a maior categoria profissional do Brasil hoje, que é a dos motoentregadores. Eu acho que o partido tem que voltar a se organizar nas periferias, ter essa organização como prioridade e ter capacidade de construir uma agenda que dialogue com este século XXI e com os novos setores, com essa classe média emergente das periferias e com a nova classe trabalhadora”, afirmou.
Nessa linha, Edinho Silva também admitiu que o partido perdeu o contato com sua base. “Tenho essa consciência: precisamos voltar a ter uma organização de base. Não é uma coisa nostálgica, de viver o PT dos anos 1980, dos anos 1990, não. Inclusive, enxergar o que o Morena [Movimento Regeneração Nacional] está fazendo no México, que é muito interessante do ponto de vista da organização popular. Usar a modernidade, mas sem abrir mão da presença, de estar perto, de participar desse processo“, completou.
Na entrevista, o político também classificou o presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, como o “maior líder fascista do século XXI”, e disse que é preciso debater segurança pública, economia solidária e cooperativismo.
“Ele [Donald Trump] diz que não há emergência climática, que não há necessidade de transição energética. O que os partidos progressistas, de esquerda, os partidos democráticos devem defender? Que há, sim, emergência climática, e o Brasil é o país que mais pode — porque tem condições estruturais para isso — liderar o debate da transição energética“, disse.

