Durante sessão ordinária da Câmara de Araraquara, nesta terça-feira (11), o vereador Lineu Carlos de Assis (Podemos) criticou o desconto salarial dos servidores da Educação em greve sanitária.
Contrários ao retorno das aulas presenciais sem segurança para a comunidade escolar, trabalhadores da Educação estão em greve na cidade desde o último dia 5 de abril.
Na última quinta-feira (6), parte dos trabalhadores denunciou que a Prefeitura promoveu o desconto nos salários durante adesão ao movimento grevista decidido pela categoria.
“Fato lamentável da Prefeitura antes de recorrer ao Tribunal do Trabalho tentando alegar que a greve era ilegal, fez um desconto nos holerites dos professores em greve. Isso é lamentável e inconstitucional. Só poderia ter tomado essa atitude caso a delegacia do trabalho tivesse entendido e definido a greve como ilegal”, afirmou.
Lineu Carlos de Assis cobrou ainda respeito aos profissionais que atuam nas escolas e creches municipais. Segundo ele, falta diálogo do Poder Público com os trabalhadores que atuam na linha de frente da Educação.
“Precisamos ter mais respeito. Os funcionários buscaram o diálogo e não lhes foi dado oportunidade. Eles querem externar a falta de estrutura nos ambientes de trabalho e estamos vendo diariamente os contágios acontecendo”, defendeu.
“Peço que revise situações, ninguém é dono de nada, cada um tem sua função e deve cumpri-la. Não existe ditadura, respeite os funcionários da Educação, assim como outros segmentos da Prefeitura. É hora de fraternidade no coração e menos ditadura”, completou.
Na oportunidade em que houve o desconto dos salários dos profissionais que aderiram à paralisação, a Prefeitura de Araraquara, em nota, afirmou que a Subprocuradoria Geral Trabalhista emitiu parecer favorável, entendendo que, independente da greve ser declarada abusiva ou não, ela suspende o contrato de trabalho.
Destacou ainda que o desconto será, contudo, incabível, se ficar demonstrada que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público.