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PolíticaMarcão defende melhorias na saúde e segurança em Araraquara

Marcão defende melhorias na saúde e segurança em Araraquara

No último dia 6 de outubro, aposentado recebeu 1.770 votos para exercer seu primeiro mandato na Câmara Municipal

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Marcão da Saúde (MDB) foi o convidado desta terça-feira (5) na série de entrevistas com os vereadores eleitos em Araraquara. Formado em Administração de Empresas, aposentado, de 66 anos, recebeu 1.770 votos para exercer seu primeiro mandato na Câmara Municipal.


Durante o bate-papo, que durou aproximadamente 20 minutos, o vereador eleito falou sobre suas origens, o trabalho social que desenvolve e sua defesa da saúde pública. Marcão ainda destacou que deve priorizar ações nas áreas de segurança pública, meio ambiente e zeladoria.

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A série de entrevistas com os eleitos em Araraquara prossegue na quarta-feira (6), às 14h, com Paulo Landim (PT). O objetivo é oferecer espaço para que os novos representantes apresentem suas propostas e expliquem como pretendem resolver os problemas que afligem a população. Todo o conteúdo está disponível em vídeo e texto após a exibição ao vivo.


Até agora, foram entrevistados Rafael de Angeli (Republicanos), Fabi Virgílio (PT), Aluísio Braz (Boi), Guilherme Bianco (PC do B), Michel Kary (PL), Emanoel Sponton (Progressistas), Filipa Brunelli (PT), Cristiano da Silva (PL), Alcindo Sabino (PT), Enfermeiro Delmiran (PL) e Marcão da Saúde (MDB).

ASSISTA À ÍNTEGRA DA ENTREVISTA COM MARCÃO DA SAÚDE

LEIA OS PRINCIPAIS PONTOS DA ENTREVISTA


acidade on – Quem é você e como se define para quem ainda não te conhece?


Marcão da Saúde – Fui candidato em 2020, não ganhei, tive 938 votos, fiz 20 dias de campanha e entrei na Secretaria de Saúde como gerente, fiquei seis meses na época da pandemia, depois passei para coordenador. Agora, faltando um ano e meio, fui convidado novamente para ser candidato e tive 1.700 votos. Esperava mais, mas não deu. Faço um trabalho social há 15 anos, empresto cadeira de rodas, muletas, andadores, camas hospitalares, tudo na área da saúde e não cobro um tostão. Esse é um trabalho que me dignifica e gosto, faço e sinto prazer em ajudar o povo. E às vezes temos pessoas que não têm dinheiro para pagar o frete para levar uma cama que é pesada, e pago tudo do meu bolso. Sou aposentado e assalariado, aposentei com 53 anos, e hoje tenho 66. Moro no São Geraldo, na Rua 7. Meu irmão era do Esporte, o Pascoal Gonçalves da Rocha. Me chamaram para a política, e para mim, se prometer tenho que cumprir. Então prometo somente aquilo que posso fazer.

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acidade on – O senhor mencionou que é a segunda eleição que participa, e ambas foram pelo MDB. No que se identifica com o seu partido?


Marcão da Saúde – Conheci o Marinho, que era assessor do Marcelo Barbieri, e trabalhei com ele. Na época, me chamou para me filiar ao MDB e estou até hoje. É um só partido, não fico mudando, então tenho muita amizade com o Marcelo [Barbieri], com o Baleia Rossi, que é deputado federal, e com várias pessoas. Me identifiquei com o partido, estou nele e visto a camisa. Sou fiel ao MDB.


acidade on – Nessas eleições tivemos muitos candidatos que apostaram no poder das redes sociais, e o senhor fez o caminho inverso. Como foi a campanha, como chegou até os eleitores?


Marcão da Saúde – Como emprestei várias camas, cadeiras e outras coisas, fui anotando os nomes e depois fui casa por casa. Visitei 480 casas, famílias, e todos falaram que estavam comigo. Fui casa por casa, não era muito adepto de jogar santinho, aqueles panfletos de rua. E outra, aquela palavra “já ganhou” nunca passou pela minha cabeça, a eleição acaba às 17h. Então sempre de casa em casa, prometendo coisas que posso fazer, afinal, muitos prometem e não fazem. Algumas pessoas me pediam para tirar a taxa de resíduo do DAAE; não vou tirar, pois não é possível. Falam que vão tirar taxa da luz, ou o IPTU do cemitério, e não vou. Posso fazer em relação ao cemitério, de pedir desconto, encaminhar um ofício e tentar. Mas não adianta falar que vou zerar, porque já é lei e não se discute; lei se cumpre.


acidade on – O senhor se elegeu pela chapa de Eliana Honain (PT). Na sua avaliação, qual deve ser seu papel na Câmara? Deve ser oposição ao novo governo ou ter um mandato independente?


Marcão da Saúde – Foi eleito eu e o Aluísio Braz, o Boi. Vamos seguir uma filosofia de ajudar. Não sou aquele nem contra, nem a favor. Aquilo que for bom para a sociedade e a população nós vamos discutir, ajudar e aprovar. Porque é fácil criticar, mas resolver não. Então vamos resolver, pois estou ali para ajudar. O que puder fazer, vamos fazer. Correr atrás de verbas, pois se não tiver recursos não acontece nada. Tenho bastante acesso lá em cima, temos o Marcelo [Barbieri] em São Paulo, o Baleia [Rossi], vamos pedir verba. Na minha cabeça, tem bastante coisa para melhorar e vamos tentar. Na minha campanha, falei do horário estendido nos postos de saúde, pois tem gente que sai às 17h. Vamos aumentar o horário estendido, a farmácia dos postinhos também, pois hoje fecha às 15h e a pessoa não tem como pegar o remédio. Então são coisas que precisamos fazer. A pessoa não tem como buscar, então precisamos entregar; vamos colocar mais gente para isso. Não é ficar sentado, tem muita coisa, conheço um pouco da saúde, então tenho facilidade.


acidade on – Para além da saúde, quais devem ser suas bandeiras na Câmara?


Marcão da Saúde – Vou falar de segurança, de colocar mais câmeras na cidade e um local próprio para fazer o controle, pois você tira um pouco de guarda GCM da rua e fica mais fácil ir aos locais do que ficar rodando. As câmeras ajudam a monitorar; ficaria mais fácil ter um controle. Vou tratar também do meio ambiente, de plantar mais árvores, e tem a questão da capinação do mato. Então, setor de Obras e Meio Ambiente. A cidade está cheia de mato e buraco, mas tem que ter verba, não adianta criticar, precisa resolver. Vamos correr atrás, pois estou com disposição para trabalhar.


acidade on – O senhor é um dos 10 novos eleitos. Qual considera que será seu maior desafio quando tomar posse?


Marcão da Saúde – O diálogo sincero e honesto, pois ali tem muita vaidade e não pode. Tem que conversar, sentar e dialogar. Vamos dialogar, não é chegar e falar uma coisa, para depois chegar na hora e ser outra. Você combina uma coisa com a pessoa e depois é outra. Não pode. Eu vi uma sessão da Câmara e fiquei abismado, saí de lá até com dor de cabeça e fiquei com receio. Depois fui acalmando. Hoje tem sessão e vou acompanhar também, pois quero aprender. Gosto de ouvir tudo e tem que ter diálogo. Minha palavra é diálogo. Não me fecho; se eu falar para você que isso é pedra e você me provar que, na verdade, é tijolo, está provado, vamos embora e é tijolo. Não tem que ficar discutindo. Tem que ser leigo e aprender. Estou aí para aprender também.


acidade on – Uma discussão que vez ou outra aparece é a criação de 13º salário para vereadores. O senhor é favorável? E qual sua opinião sobre a criação da emenda impositiva?


Marcão da Saúde – Sou totalmente contra [13º]. Agora, a emenda impositiva temos que ver se é por bem. Tenho que ver com o partido, mas se mostrarem para mim que é bom, que metade vai ficar para a saúde e outra parte for para coisas boas, sou a favor. Precisamos ver se tem dinheiro, orçamento para isso. Não é querer pegar, entendeu? Tenho propostas boas também. Tenho um campo no Pedregal para tirar a molecada da rua, uma via lá que liga o Vale do Sol no Maria Luiza, o CAIC do Vale do Sol, onde tive mais votos, que está pingando água dentro. Tem bastante coisa boa, mas precisamos ver se a verba é para isso. Se for, seria bom. Mas preciso entender primeiro o projeto para depois opinar.

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