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AraraquaraPolíticaRachadinha: assessores e mãe de vereador devem depor na Câmara de Araraquara

Rachadinha: assessores e mãe de vereador devem depor na Câmara de Araraquara

Vereador Emanoel Sponton também deve ser ouvido ao final; depoimentos estão marcados para quinta (3) e segunda-feira (7).

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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Araraquara adotou uma nova estratégia para esclarecer as denúncias de possível rachadinha no gabinete do vereador Emanoel Sponton (Progressistas). Diante da negativa inicial de duas denunciantes em comparecer nesta segunda-feira (31) à Casa de Leis, o grupo decidiu convocar todos os assessores e ex-assessores do gabinete para depor sobre o caso.

Inicialmente, as duas denunciantes seriam ouvidas nesta segunda-feira, já que foram responsáveis pela acusação ao Jornal da EP, da rádio EPFM, há duas semanas. Elas relataram a existência de um acordo verbal firmado antes da nomeação para o cargo, pelo qual deveriam repassar um percentual de seus salários à mãe do parlamentar.

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Após serem notificadas, as duas encaminharam um e-mail ao grupo de trabalho informando que declinariam do convite. Elas não apresentaram justificativa para a ausência, e o próprio Conselho de Ética não tem o poder de obrigá-las a depor.

“Não ouvimos os relatos, pois elas não quiseram comparecer e enviaram um e-mail objetivo informando que responderiam apenas em juízo. Então, não demonstraram o porquê da ausência”, disse.

Aluísio Boi (MDB), presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar

Diante da negativa, uma reunião realizada nesta segunda-feira definiu uma nova estratégia: convocar todos os sete assessores que passaram pelo gabinete do vereador, a mãe dele, o jornalista responsável por ouvir as denunciantes e o próprio Emanoel Sponton. Os depoimentos foram marcados para quinta-feira (3) e segunda-feira (7).

Segundo o presidente do Conselho, o objetivo é garantir que a população tenha uma resposta diante das graves denúncias apresentadas no jornal matinal da EPFM. O grupo tem 30 dias para reunir informações sobre o caso e apresentar um relatório final ao plenário e ao Ministério Público.

“Estamos confiantes de que os sete compareçam e se pronunciem. Esperamos que as denunciantes também reconsiderem e venham depor. Fazemos um apelo para que confiem no Conselho de Ética e no processo. É frustrante lidar com uma denúncia que mobiliza a cidade e não conseguir ouvi-las. Estamos garantindo um ambiente tranquilo para que possam se posicionar”, afirmou Boi.

“O que também discutimos é que, caso não consigamos reunir provas materiais ao final dos 30 dias, levaremos ao Ministério Público tudo o que foi coletado, bem como as dificuldades enfrentadas na investigação. Se não houver uma investigação aberta, o órgão poderá avaliar a documentação reunida pelo Conselho”, completou.

Aluísio Boi (MDB), presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar

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CASO FILIPA BRUNELLI

Outro ponto debatido pelos membros do Conselho foi o pedido de afastamento da vereadora Filipa Brunelli (PT) do órgão. Inicialmente, o documento foi distribuído para análise do grupo, e um novo encontro deve decidir se ela permanecerá no caso. Caso haja maioria favorável ao afastamento, sua suplente, Fabi Virgílio (PT), será convocada.

“O importante é termos maturidade e consenso entre os quatro membros para fortalecer a comissão. Se houver disputas internas, a investigação não avança. Vamos conversar com a vereadora, que está afastada por motivo de saúde, e buscar um consenso, pois qualquer decisão precisa ser bem fundamentada. Não podemos perder o foco da investigação”, concluiu.

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Walter Strozzi
Walter Strozzihttp://www.acidadeon.com/araraquara
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.

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