Em assembleia geral, na última sexta-feira (16), os servidores municipais decidiram entrar em greve a partir da próxima terça-feira (20), somente se as negociações entre administração, sindicato e comissão de trabalhadores não forem retomadas. Por isso, uma nova assembleia ficou agendada para segunda-feira (19).
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Segundo Gustavo Jacobucci, presidente do Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais), mais de mil trabalhadores participaram do encontro, que deliberou pela paralisação dos serviços até a retomada das negociações com a Prefeitura.
“Não queremos o embate, mas o servidor precisa ser respeitado, e disso não abrimos mão. Mostramos que a categoria estava descontente e, se o governo sentar para conversar, não haverá nenhum prejuízo, nenhum setor da Prefeitura parado, e vamos trabalhar normalmente na terça-feira. Mas, se por acaso não houver mudança, vamos, com toda a responsabilidade exigida, fazer a paralisação dos setores permitidos”, explicou.
Se confirmada a greve pela ausência de resposta, setores da Prefeitura devem paralisar o atendimento a partir da 0h de terça-feira, mantendo em funcionamento somente os serviços considerados essenciais.
Segundo Jacobucci, a gestão Dr. Lapena (PL) atropelou a negociação ao enviar o projeto de lei à Câmara antes de chegar a um consenso com a categoria. “A categoria não gostou, até porque existem inverdades na fala do prefeito, ao dizer que o Ministério Público não autorizou a integração do abono pecuniário ao salário. A categoria está inflamada, veio em massa à assembleia e decidiu pela paralisação a partir da 0h, uma greve geral sem término, para que reabram a negociação.”
Inicialmente, os trabalhadores cobram da Prefeitura a reposição da inflação, acrescida de aumento real de 10%; aumento no vale-alimentação para R$ 1.200; desvinculação das faltas abonadas do vale-alimentação; majoração do abono pecuniário para R$ 250; entre outras pautas.
Por outro lado, a administração municipal ofereceu apenas 5,49% de reposição da inflação e vale-alimentação de R$ 1.100, com a incorporação do abono pecuniário (que sai do salário e vai para o vale-alimentação) e a incorporação de um bônus de R$ 200. Na prática, o reajuste do auxílio-alimentação seria de R$ 97,29, conforme a proposta do Executivo.
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES
1 – Reposição da inflação referente ao período de maio de 2024 a abril de 2025, acrescida de 10% de aumento real;
2 – Aumento do valor do vale-alimentação para R$ 1.200,00, tendo como base o custo da cesta básica, que já ultrapassa os R$ 1.000,00;
3 – Desvinculação das faltas abonadas ao vale-alimentação, garantindo que o servidor adoecido não perca o benefício;
4 – Majoração do abono pecuniário para R$ 250,00;
5 – Implantação de subsídio ao plano de saúde dos servidores da Fungota, nos mesmos moldes concedidos aos servidores da Prefeitura e do DAAE, conforme aprovado na data-base de 2024;
6 – Estabelecimento de um cronograma de reposição das perdas salariais acumuladas ao longo dos últimos cinco anos;
7 – Evolução salarial proporcional ao tempo de serviço, com base no piso instituído para o funcionalismo público municipal de Araraquara;
8 – Criação de licença sem vencimentos e concessão de faltas abonadas aos funcionários da Fungota, nos mesmos moldes dos servidores da Prefeitura;
9 – Alteração na forma de aplicação do subsídio.