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SaúdeAraraquara registra 95 casos de “mão-pé-boca”; doença dispara no estado

Araraquara registra 95 casos de “mão-pé-boca”; doença dispara no estado

Pediatra explica porque doença é mais comum em crianças de até cinco anos e como tratar dos sintomas

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Doença mão-pé-boca provoca pequenas bolhas ao redor do corpo (Imagem: Divulgação / Redes sociais)  Maria Eduarda se recuperou da doença recentemente (Foto: Arquivo Pessoal)  Para a pediatra Renata Francisco de Andrade não há motivo para pânico (Foto: Arquivo Pessoal)

Araraquara registrou até o momento 95 casos de mão-pé-boca. O número representa uma redução de 74% em relação ao ano passado e contrasta com a alta de contágio da doença que ocorre em todo estado de São Paulo.

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Segundo a secretaria estadual de Saúde, entre janeiro e março deste ano, foram registrados 391 casos – aumento de 149% em relação aos três primeiros meses de 2022.

O número, embora em queda em Araraquara, preocupa porque o vírus é altamentamente transmissível. De acordo com a pediatra Renata Lopes Francisco de Andrade cada criança pode transmitir a doença para até outras cinco.

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“É uma doença contagiosa. O ideal é que a criança fique afastada da escola por sete dias após início dos sintomas ou até que todas as lesões estejam secas”, explica.

Foi o caso da Maria Eduarda, de 1 ano. Na terça-feira da semana passada, ela apresentou os primeiros sintomas de “mão-pé-boca”.

A mãe, Taynara Letícia dos Santos, 30, contou que recebeu uma ligação da creche pedindo que buscasse a filha que estava com febre, tinha vomitado e não queria almoçar.

“Chorava por tudo, não queria mamar, não queria comer, quando relava nela, chorava. A gente medicou e esperou. No outro dia ela não queria nem mamar e levamos na pediatra. Foi quando a médica me falou que ela não conseguia mamar e vomitava de tanta dor porque a garganta estava fechada de tanta bolinha“, lembra.

A DOENÇA

A pediatra explica que a criança pode adoecer ao entrar em contato com secreções respiratórias, lesões ou com as fezes de outra criança doente. O contato indireto, ou seja, com superfícies contaminadas, também pode ser uma via de transmissão.

“A doença começa com uma febre baixa, mal estar e recusa alimentar. Após um a dois dias surgem as lesões, como aftas ou úlceras na língua e mucosa da boca e como pequenas bolhas em mãos e pés”, aponta Renata.

De acordo com a médica, a primeira medida é levar a criança para atendimento médico, para que o pediatra avalie possíveis complicações da doença, como a desidratação. Por ser bastante transmissível, a escola também deve ser comunicada.

Para a pediatra Renata Francisco de Andrade não há motivo para pânico (Foto: Arquivo Pessoal)

“Não é motivo de pânico, mas os pais devem estar atentos aos sintomas. Em geral é uma doença que se resolve em poucos dias. Algumas crianças complicam com desidratação e raramente surgem manifestações mais graves, como meningite e miocardite”, afirma.

Mão-pé-boca é provocada por vírus e por isso não há remédio. Ou seja, o próprio organismo da criança é o responsável por combater a doença, mas alguns medicamentos podem auxiliar a aliviar os sintomas da dor e da febre.

A Maria Eduarda ficou sem comer e se alimentando apenas com leite por três dias. A mãe lembra que durante o tratamento, a filha ficou chorosa e com dores. Mas, hoje, após uma semana, a criança já se recuperou e voltou, inclusive, a frequentar a creche.

“Eu não fiquei tão preocupada com a doença em si, mas porque ela ficou sem comer e teve febre. Hoje ela tá melhor, tá comendo, graças a Deus, voltou à vida normal”, conclui.

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