VICTORIA DAMASCENO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a queda nas internações e a melhora nos indicadores da Covid-19 em São Paulo, o governo do estado anunciou a volta dos eventos sem limite de público ou ocupação a partir do dia 17 de agosto.
Na semana passada, o estado registrou a menor média móvel de novas internações pela doença desde novembro de 2020, com cerca de 1.200 admissões em UTI na segunda-feira (26). A média mais baixa ocorreu em 7 de novembro de 2020, quando a média móvel de novas internações foi de 840.
Com isso, feiras corporativas, convenções e congressos vão voltar e sem limite de público no próximo dias 17. Eventos sociais como casamentos, jantares, festas de debutante e formaturas também podem ser realizados nesses moldes.
Mas os organizadores devem ficar atentos: se durante qualquer atividade ou se ao preencher a capacidade máxima do espaço aglomerações ocorrerem, o evento pode ser multado.
Além disso, o uso de máscaras e de álcool em gel e o distanciamento de um metro ainda são obrigatórios. É o que afirma Eduardo Aranibar, subsecretário de Competitividade da Indústria, Comércio e Serviços da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado de São Paulo.
“A gente permite o 100%, mas, se não for possível não gerar aglomeração, automaticamente ele não vai poder usar 100%”, diz ele.
A data de 17 de agosto coincide com as demais flexibilizações anunciadas pelo governador João Doria na última semana, quando serão retirados os limites de ocupação e horário dos estabelecimentos comerciais e de serviços.
Qualquer evento que gere aglomeração, como bailes em casas noturnas, shows de médio e grande porte e competições esportivas com público, por exemplo, continuam proibidos.
A fiscalização dos eventos será feita em várias frentes, pela vigilância sanitária estadual e por meio de parcerias com o Procon, a Polícia Civil e a Polícia Militar. A maior parte do trabalho, no entanto, fica nas mãos da vigilância sanitária municipal das cidades paulistas, diz Aranibar.
“A verdadeira força, onde temos o maior número de pessoas para fiscalizar, é na vigilância sanitária municipal, que são as prefeituras que lideram”, diz o subsecretário.
O governo conta também com a responsabilidade individual dos organizadores dos eventos, que podem levar multas caso transgridam alguma das regras impostas.
“A gente conta muito com a estrutura do próprio setor, de responsabilização das pessoas caso algo dê errado, para garantir que as pessoas estejam seguindo as regras corretas. Caso algo dê errado, a pessoa sabe que pode ser responsabilizada”, afirma.