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SaúdeCoronavírusContaminado mais jovem com a nova cepa tem 15 anos

Contaminado mais jovem com a nova cepa tem 15 anos

Mais 40 amostras ainda aguardam sequenciamento genético pelo Instituto de Medicina Tropical, em São Paulo

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Jovens são os quem mais se contaminam, o que levam mais pessoas a internação  (Foto: Reprodução)

Um jovem de 15 anos é o paciente mais novo infectado pela cepa brasileira do novo coronavírus em Araraquara. 

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A informação foi confirmada pelo setor de Vigilância Epidemiológica à reportagem da CBN. A vítima mais velha tem 62 anos e é um homem.  

De acordo com o setor, o município recebeu, até agora, só o perfil dos 12 primeiros contaminados que tiveram as amostras encaminhadas para sequenciamento genético realizado pelo Instituto de Medicina Tropical, que é vinculado à Universidade de São Paulo.

O município chegou a 29 pacientes infectados com a variante nesta quarta-feira (25). Isso representa 69% das amostras enviadas pelo município para sequenciamento.  

Os 17 novos contaminados pela nova cepa ainda aguardam descritivo por parte do instituto. Outras 40 amostras estão em processo de análise.

Fabiana Araújo, enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Araraquara, explica que pelos primeiros 12 casos, é possível concluir que a contaminação da variante é generalizada na cidade.  

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Apenas dois pacientes são de uma mesma família. Três pessoas seguem internadas e as demais, em isolamento dentro de casa. A contaminação de todos teria ocorrido no início de janeiro e ainda não houve mortes de paciente com a variante.

“É bem heterogêneo e foram coletadas amostras de residentes de vários pontos da cidade e dentre elas só dois tinham vínculo familiar, e apenas um tinha histórico de viagem mas dentro do estado de SP. Os 12 casos foram considerados autóctones,  três estão internados e nenhum foi a óbito. Pela análise que a  gente fez há uma circulação global no município da nova cepa, e avaliando os sintomas desse primeiro grupo ela começou a circular no início de janeiro, porque não espalharia tão rápido assim em questão de dias”, diz. 

As festas de final de ano, promovidas por famílias e amigos, e as viagens no mesmo período são apontadas como a porta de entrada da nova cepa em Araraquara.

“Desse primeiro grupo de 12 pessoas que se positivaram, elas tinham data de sintomas por volta de 21 de janeiro e essa contaminação aconteceu em média de uma semana antes, por volta de 13, 15 janeiro, então acreditamos que o período em que a curva começou acelerar demais foi na movimentação das pessoas nas festas final de ano, muitas pessoas receberam visitas nas festas e acreditamos que tenha entrado por aí. Esse período entre dezembro e janeiro foi o tempo em que as pessoas começaram a contaminar outras , e tivemos esse boom de números de casos com taxa de transmissão elevada”, enfatiza. 

Fabiana chama atenção para a possibilidade de uma transmissão mais arrojada da vertente, principalmente entre os jovens e, consequentemente, o comprometimento dos serviços hospitalares.  

A enfermeira explica que não é possível afirmar que os casos mais graves são de pessoas contaminadas pela nova cepa. 

“Não dá pra confirmar que todos os mais graves estão relacionados a nova cepa, começamos a perceber que muito jovens estavam internando bastante e tivemos muitos óbitos de pessoas jovens, que tinham até comorbidades mas que estavam controladas. Um cenário muito diferente que vemos no final de dezembro. Os jovens ainda se contaminam mais, conforme temos um número maior de pessoas contaminadas temos mais pessoas internadas, de qualquer forma mesmo empiricamente já estamos afirmando que ela é bem mais transmissível”, reforça. 

Para o epidemiologista e professor da faculdade de medicina da UFSCar, Bernardino Alves Souto, o agravamento da situação epidemiológica se dá, também, pela ausência de controle da pandemia em todo o País. 

“A expectativa é que o país inteiro possa caminhar a uma situação semelhante ao aconteceu em Manaus, e em Araraquara. Daqui a pouco o Estado de São Paulo e o país pode ficar nesse condição e a gente viver uma situação epidemiológica muito trágica, espero que isso não aconteça mas até agora todos os indicadores epidemiológicos e os indicadores sobre o nosso padrão de controle da covid apontam que a situação ainda vai piorar muito”, frisa. 

Além da vacina, Bernardino aponta o isolamento social como o principal remédio contra a doença.  

A estimativa é que, pelo menos, 85% do vírus circulante por aqui seja dessa nova cepa. Essa variante já circula em pelo menos 17 estados do País.

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