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SaúdeCoronavírusHospitais de Araraquara entram em alerta e temem colapso

Hospitais de Araraquara entram em alerta e temem colapso

Ocupação de leitos de UTI chegou a 80% no Hospital São Paulo e 90% na Santa Casa; na sexta-feira (29), houve recorde de internação

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Autoridades em Saúde temem por possível colapso após crescimento de casos da covid-19 (Foto: Amanda Rocha)

Hospitais de Araraquara temem colapso no atendimento diante do aumento de internações de pacientes com Covid-19. Na última sexta-feira (29), a taxa de ocupação de leitos de UTI chegou a 80% no Hospital São Paulo e 90% na Santa Casa. 

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O sinal amarelo disparou quando a cidade registrou 99 pacientes hospitalizados – maior número desde o início da pandemia -, entre quinta e sexta-feira. Neste domingo (31), o número de pessoas internadas subiu para 107.

Em entrevista ao Giro CBN, o diretor do Hospital São Paulo, Antônio Carlos Durante, afirmou que a saúde de Araraquara está em alerta. Dos 10 leitos de UTI disponíveis no hospital, oito estão ocupados. 

“Sempre nos organizamos para um momento como esse. Gostaríamos que nunca tivesse acontecido um momento em que a gente tivesse uma solicitação maior da população na Unimed. Mas estamos preparados desde o dia 26 de janeiro do ano passado, pois nós tínhamos contingenciamento de leitos, que deixávamos para um momento que não esperávamos como agora e estamos usando. Acho que estamos em fase de alerta, temos um envolvimento com a secretaria da Saúde muito forte, então a gente tem uma colaboração muito grande. Agora já estamos sofrendo consequências do final de ano”, afirma.

O diretor do hospital também alerta para as outras patologias que dependem de atendimento médico. Segundo Durante, não haverá leitos suficientes se não houver, agora, controle da população. 

“O hospital continua vivo, então temos idosos, infartados, cirurgia de câncer, AVC, outros problemas que usam nossa UTI normal. Temos outra UTI, que não é de covid, mas essa não podemos acabar, pois a população precisa dela, pois Araraquara tem uma população de idosos importante. Não só isso, mas acidentes, traumas e tudo o que vai acontecendo. Agora, temos gente qualificada e aparelhos suficientes, mas tem momento que o alcance chega. Temos que ter medidas de controle da população”, defende.

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A preocupação também se repete na Santa Casa, com nove dos 10 leitos de UTI Covid-19 ocupados. O diretor do hospital, Rogério Bartkvícius, afirma que o número é dinâmico e frequentemente alcança os 100%. 

“A Santa Casa nesse momento já está com sua capacidade instalada, não há possibilidade de criação, ou expansão de novos leitos. Nós oferecemos 10 leitos para cuidados intensivos e 15 leitos de enfermaria para os casos moderados e estamos vivendo nesses últimos dias com a UTI com 100% de ocupação e a gente observa um aumento no volume nos casos de enfermaria também”, explica. 

Outro problema que assola a Santa Casa é o contingenciamento de recursos por parte da secretaria de estado da Saúde. Quase R$ 2 milhões a menos no orçamento anual do hospital. 

Diante desse cenário, o diretor alerta para o risco de um colapso. A única alternativa, segundo ele, é a conscientização. 

“Um risco e a continuidade do aumento de casos com a falta de consciência não dá um bom resultado, quando você tem uma rede de saúde que pode vir a colapsar pela falta e oferta de leitos nestes casos. Eu repito, temos consciência de como isso se transmite, os cuidados que nós temos que tomar, não se depende mais de um decreto para isso, depende de uma ação individual e coletiva”, ressalta.

O alerta é para o tempo de internação e pouca rotatividade dos leitos. O diretor do Hospital São Paulo, Antônio Carlos Durante, explica que os pacientes permanecem longo período hospitalizados, o que demanda mais leitos. 

“O leito não é comum, onde gira a cada quatro ou cinco dias uma pessoa. Ele não sai durante dois meses. No momento em que a gente começa sentir maior necessidade para covid-19 o que a gente faz é diminuir cirurgias eletivas, cirurgias estéticas, diminui tudo aquilo que a gente necessitaria para viver o hospital e viver a circulação nós vamos diminuindo. Hoje estamos em um limite em todos os lados. Conseguimos servir a população para cirurgias, atendimentos hemodinâmicos, infartados, os AVCs, nós temos que ter essa estrutura para isso, mas nós vamos enxugando aquilo que é eletivo”, finaliza.

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Walter Strozzi
Walter Strozzihttp://www.acidadeon.com/araraquara
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.
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