O presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara), Antônio Deliza, disse que ficou bastante decepcionado com o novo lockdown em Araraquara. “É amplamente falado pelo prefeito que ele discute com a classe empresarial e chama para reuniões. Realmente, isso é verdade, mas ele não discute, ele comunica, o que é muito diferente”, afirmou Deliza, em entrevista à CBN Araraquara na manhã desta sexta-feira (18).
Deliza diz que o caminho deveria ter sido diferente, já estavam sendo feitas testantes nas empresas, indústrias e fechando locais específicos onde tinham pessoas contaminadas. “Isso deveria ter sido feito da mesma maneira e intensidade no transporte público, na periferia e nas festas clandestinas. Uma fiscalização e conscientização melhor da população do bairro, onde a coisa está acontecendo e se disseminando. A gente sabe que é ali e não adianta tapar o sol a peneira”, afirmou.
O novo decreto, divulgado na noite desta quinta-feira (17), restringe as atividades econômicas e sociais por oito dias em Araraquara. “Eu fico desapontado com isso. Mais uma vez a atividade econômica vem pagando o pato, sendo que é a que mais protocolo segue, a que menos disseminação produz, a que trabalha de maneira mais equilibrada com protocolos. A gente vê isso com muita tristeza. Nós estamos atendendo grande parte da região com leitos e São Carlos está aberto, tudo aqui em volta aberto”, diz.
Deliza ressaltou a importância de combater a pandemia, mas diz que faltou um controle mais eficaz no transporte público. “O mesmo rigor exigido pela Prefeitura e pelos órgãos responsáveis no centro da cidade também deveria existir nas periferias. Está mais do que provado que não é a atividade econômica que faz a disseminação do vírus”, finaliza.