A possibilidade de um novo lockdown em Araraquara tem causado apreensão em empresários e consumidores. Há nas redes sociais até quem faça a previsão de que as medidas restritivas serão adotadas após o Dia dos Namorados, com novo decreto sendo publicado até o fim da semana.
Mas, apesar de o assunto estar em evidência e a contaminação por covid-19 crescendo, a secretária da Saúde, Eliana Honain, descarta a adoção de medidas restritivas sem o que está previsto no atual decreto municipal com ações para enfrentamento da doença na cidade.
“A Prefeitura não tem intenção de fazer lockdown, quem vai determinar é a população. Temos regulamentado por decreto quais são as condições para termos, que é ultrapassar 20% de positivados, de todas as pessoas sintomáticas e assintomáticas, ou 30% das pessoas com sintomas gripais, por três dias consecutivos ou cinco dias alterados”, afirma.
“Ontem tivemos um desses indicadores e hoje não tivemos, vamos aguardar os próximos dias para fazer essa avaliação. O que vai determinar não é uma decisão da Prefeitura, mas sim esses índices. Quanto mais a população adotar as regras, não teremos lockdown”, completa.
O QUE DIZ A REGRA?
Decreto vigente em Araraquara prevê uma espécie de ‘gatilho’ para novas medidas restritivas. O primeiro índice considerado é quando o total de positivados sintomáticos seja igual ou superior a 30% por três dias seguidos, ou cinco dias intercalados. Caso isso ocorra, novo lockdown de sete dias será adotado pela Prefeitura.
Para chegar ao índice, chamado de taxa de positividade, é considerado o número de positivados com o número de exames realizados diariamente no serviço público. Há ainda possibilidade de lockdown se o índice de pacientes sem sintomas ultrapasse 20% por três dias seguidos ou cinco dias intercalados. Nesta semana, o ‘gatilho’ foi ultrapassado na terça (08).
O documento com as regras de enfrentamento à doença prevê que o retorno das atividades econômicas apenas será feito após três dias consecutivos com taxas mais baixas. O primeiro fator é taxa de positividade em 20% ou menos dos testes em pessoas sintomáticas, ou taxa de 15% ou menos nos testes gerais – inclui sintomáticos e assintomáticos.
A Prefeitura deve emitir um sinal de alerta e pode, a partir do primeiro dia, restringir a circulação de pessoas, sem impactar nas atividades econômicas.