O governo de São Paulo faz nesta sexta-feira (7) uma nova reclassificação do Plano São Paulo, que determina o nível de restrições e flexibilizações da quarentena de combate ao coronavírus no Estado. O anúncio, previsto para às 12h45, trará as medidas e regras que estarão em vigor a partir da próxima segunda-feira (10). O ACidade ON fará a transmissão da coletiva.
Atualmente, todo o Estado está na terceira semana da chamada fase de transição – criada entre a fase vermelha e a fase laranja do Plano SP. Ela fica em vigor até o próximo domingo (9), e permite o funcionamento de setores como comércio e serviço, com capacidade de 25% de ocupação, no período das 6h às 20h, ainda mantendo o toque de recolher a partir das 20h.
Na última quarta-feira (5), o governador João Doria (PSDB) sinalizou o anúncio desta sexta-feira, citando que os indicadores da pandemia estavam positivos no Estado.
“Nesta sexta-feira nós apresentaremos a nova fase do Plano São Paulo que começa a valer na segunda-feira da próxima semana. Devo dizer, baseado nas informações do Centro de Contingência, que estamos otimistas em relação a evolução positiva do Plano SP, migrando possivelmente para uma fase menos restritiva”, afirmou Doria.
Vale lembrar que desde o início de março, com o pico de internações e casos por covid-19, todo o Estado seguiu regras rígidas, entre a fase vermelha e a emergencial (mais dura de toda a pandemia até então). A fase de transição, com as flexibilizações de então, vale desde o último dia 18 de abril, sendo que a cada semana foram feitas mais liberações graduais.
NÚMEROS
A perspectiva, com a fala otimista do governador, é que possa haver um avanço, com chances de retomada à fase laranja, menos rígida nas regiões do estado. No entanto, na quarta-feira os aumentos em alguns indicadores do Estado causaram atenção em técnicos ligados à área da saúde sobre a possibilidade de São Paulo já estar entrando em uma terceira onda de casos da doença.
Eles passaram de uma média diária de 12.573 novos casos para 12.887 na semana passada, um crescimento de 2,5% que ainda não era esperado. Já as internações, que estavam baixando de forma constante e chegaram a apresentar uma queda de 25%, estacionaram (hoje a queda é de apenas 0,2%), ou seja, a curva parou de cair.