A greve sanitária dos servidores municipais de Araraquara que atuam na Educação completou 30 dias letivos de paralisação, na última segunda-feira (17).
Na avaliação de representantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar) a adesão ao movimento é positiva, com novas adesões de trabalhadores.
“Houve aumento na adesão ao movimento por perceberem que o ambiente escolar não está seguro, nem oferecendo a segurança necessária para que as pessoas possam ir até lá e se sentirem seguros para realizar o trabalho”, analisa a diretora Bernadete Couto.
Apesar da longa duração da greve, um dos pontos levantados pelos representantes dos trabalhadores é a dificuldade para dialogar com o Poder Público.
“Dialogar tem se colocado bastante difícil. Nós tivemos uma reunião com o prefeito em abril, na terceira semana de paralisação, mas ele estava com a agenda muito apertada, atrasou para a reunião e demonstrou bastante intransigente e irredutível”, afirma.
Uma nova tentativa foi feita durante reunião do fórum sindical na noite da última segunda-feira, onde teria saído o compromisso de um novo encontro entre prefeito e trabalhadores.
“Isso foi um fio de esperança que nós estamos mantendo de que ele possa agendar essa reunião logo após ter uma reunião com os procuradores”, ressalta.
PAUTAS ESTÃO MANTIDAS
A greve sanitária dos servidores da Educação em Araraquara ocorre desde o último dia 5 de abril. De acordo com Bernadete Couto, as pautas seguem sendo as mesmas do início.
“Continuidade do trabalho remoto, para não expor os profissionais ao risco de contaminação, a vacina para toda a categoria, aí entra o item de greve de proteção à vida, que é não só dos profissionais, mas dos seus familiares, pais e alunos”, ressalta.
Por fim, a representante do Sismar afirma que há preocupação da categoria com o aumento das contaminações e detecções de casos positivos pela covid-19.
“Infelizmente já ocorreram mortes na Educação, de uma funcionária que retornou ao trabalho e na segunda semana ela se infectou e em menos de uma semana veio a óbito”.
“E mais duas colegas, da mesma unidade, que estão internadas desde a semana em que a colega foi a óbito”, conclui.
Procurada, a Prefeitura não retornou até o fechamento da reportagem. Tão logo isso ocorra será adicionado posicionamento no texto.