“Somente juntos podemos tirar a cidade dessa situação. O crescimento da pandemia aqui em Araraquara ocorreu por responsabilidade coletiva, de todos nós, devido aos encontros familiares, as festas, o pouco cuidado, não isolamento e desleixo com medidas preventivas”.
A fala é do prefeito Edinho Silva (PT) que editou decreto, nesta sexta-feira (19), prevendo um ‘lockdown total’ em Araraquara das 12 horas de domingo (21) às 23h59 de terça-feira (23).
Como justificativa para a ação, Silva aponta a circulação de nova cepa da covid-19, o aumento expressivo de casos, internações e óbitos, além do colapso na saúde pública.
A cidade registra o quinto dia seguido com ocupação de 100% dos leitos de internação em enfermaria e Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Pela manhã, seis pacientes aguardavam vaga.
Ao todo, são 227 pacientes internados, sendo 159 em enfermaria e 68 em UTI. Nas últimas 24 horas a cidade registrou cinco mortes causadas pela covid-19.
“As pessoas estão precisando de leitos hospitalares. Muitas, de leitos de UTI. Famílias estão chorando a morte de seus entes queridos. No ano de 2020 inteiro, morreram 92 pessoas vítimas da Covid-19. Em pouco mais de 45 dias de 2021, morreram 75 pessoas. Só nós podemos, juntos, tirar a cidade de Araraquara dessa situação”, ressalta.
O QUE DIZ O NOVO DECRETO?
Entre as principais mudanças com o lockdown total está o funcionamento apenas farmácias e serviços de saúde podem manter atendimento presencial. Supermercados vão poder realizar atendimento por sistema delivery.
Outra alteração importante é a suspensão no serviço de transporte coletivo, sendo permitido apenas oferta de transporte individual, como aplicativos e taxis.
Quem precisar sair de casa no período vai precisar apresentar documento que justifique a saída.
Serão documentos válidos, por exemplo, nota fiscal de compra ou prescrição médica, atestado de comparecimento em unidade de saúde, carteira de trabalho, tíquete ou imagem da passagem ou outro documento que comprove a urgência.
Postos de combustíveis também serão afetados pelo novo decreto e não poderão funcionar, com exceção daqueles que prestam serviço de abastecimento de veículos de órgãos públicos, como ambulâncias e viaturas.
COMO FICAM OS SERVIÇOS?
Supermercados: fechados (apenas delivery);
Bares e restaurantes: fechados (delivery proibido);
Farmácias: abertas;
Unidades de saúde de urgência e emergência: abertas;
Comércio: fechado;
Setor de serviços: fechado;
Indústrias: fechadas, com exceção daquelas em que a paralisação cause danos à estrutura, a equipamentos e máquinas, além de perda de insumos; neste caso, deverá operar com número reduzido de funcionários;
Ônibus de transporte coletivo (Terminal de Integração): não circulam;
Ônibus intermunicipais (Terminal Rodoviário): circulam.