Menos doações e mais bebês precisando. Esta é a realidade do Posto de Coleta da Maternidade Gota de Leite, em Araraquara, em relação à queda de 27%, em abril, do número de mães fazendo doação de leite materno.
Dos freezers que armazenam as doações, um estava completamente vazio e outro com três gavetas com absolutamente nada, na manhã desta sexta-feira (17).
Enquanto o número de doadoras caiu, a demanda aumentou quase 70%. Segundo a enfermeira Karina Reis Pereira Longuinhos, o leite é utilizado como alimento e tratamento para bebês prematuros que estão em UTI (Unidades de Terapia Intensiva).
Bebês prematuros extremos não devem receber fórmulas, o certo é trabalhar com leite materno, que faz todo revestimento na parte gastrointestinal e evita outras possíveis doenças.
Karina Reis Pereira Longuinhos – enfermeira
A enfermeira explicou que as mães fazem a ordenha sozinha, independentemente da idade da criança. Segundo ela, a maternidade busca o leite materno toda a semana na casa da doadora.
“Ela escolhe a melhor forma de fazer a coleta: a ordenha manual ou com a própria bombinha dela. Não necessita vir aqui para fazer a coleta“, explicou.
Para isso, ela precisa entrar em contato com o Posto de Coleta, fazer um cadastro e enviar exames médicos. No caso de crianças acima de 1 ano, é preciso refazer os exames. Após a doação, o leito é enviado para Ribeirão Preto para ser pasteurizado. Depois, volta para a Maternidade, onde é utilizado.
Karina garantiu ainda que é um mito de que a coleta fará falta para os filhos. “O corpo readapta e, muitas vezes, as mães acham que não têm o suficiente para doar porque não sobra. Mas não, a gente precisa só de 30 ml por dia. O bebê também não precisa estar em idade específica”, completou.
O Posto de Coleta funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3305-1530. (Com informações da EPTV)