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vidaemquatrolinhasUm balanço da temporada dos clubes paulistas em 2021

Um balanço da temporada dos clubes paulistas em 2021

Se o Palmeiras desponta para se manter no topo em 2022, o Santos e o São Paulo precisam, urgentemente, para de seguir o roteiro de um clube rebaixado

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Palmeiras e São Paulo, que disputarão o título paulista, terminaram o ano em situações opostas. (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras)

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Atual bicampeão continental, o ano de 2021 revelou as limitações do elenco palmeirense para se manter em alto nível em todas as competições, considerando o inescrupuloso calendário competitivo do futebol brasileiro. Em comparação com os times formados por Atlético-MG e Flamengo, o alviverde conta menos com talentos à disposição para enfrentar as mazelas promovidas por aqueles que deveriam cuidar do ludopédio nacional.

A contratação de Eduard Atuesta, meio-campista colombiano que estava no Los Angeles FC, mostra que o Palmeiras é capaz de suprir suas carências com criatividade e sem cometer nenhuma loucura financeira, seguindo a mesma lógica que trouxe Matías Viña e Joaquín Piquerez ao clube. A iminente chegada de Rafael Navarro, centroavante do Botafogo-RJ, conserva o mesmo princípio. A busca é por jogadores jovens, com potencial de revenda.

Já o Corinthians, durante a temporada, mudou de patamar com a chegada de reforços. Sem Giuliano, Willian e, principalmente, Renato Augusto e Roger Guedes, o alvinegro não alcançaria o topo da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.

Garantindo uma pré-temporada para os reforços que chegaram no meio de ano, com o potencial de crescimento de jovens como João Victor, Raul Gustavo, Gabriel Pereira, Adson e Vitinho e o retorno de Paulinho, a projeção é otimista em Itaquera. Cabe ao contestado Sylvinho fazer com que o time crie alternativas coletivas para ser dominante em jogos contra equipes que estão no topo da hierarquia do futebol brasileiro.

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Por outro lado, o Red Bull Bragantino — uma espécie de “tipo ideal” do modelo empresarial de gestão do futebol –, conseguiu convergir seus interesses econômicos com o desempenho dentro de campo. Arrecadou 15 milhões de euros com a venda de Claudinho, para o Zenit, da Rússia, contratou Bruno Praxedes, do Internacional, por 6 milhões de euros, chegou em uma final continental em sua primeira participação na história, ao ser vice-campeão da Sul-Americana, e irá estrear na próxima Copa Libertadores O principal destaque da equipe foi Artur, de 23 anos, que finalmente assumiu o seu papel de protagonista, contribuindo com 21 gols e 14 assistências.

O que definirá até onde a equipe pode chegar na próxima temporada passa, necessariamente, pelos atletas que continuarão no time para o ano que vem, considerando que os projetos esportivos da Red Bull estão estruturados para gerar receita através da negociação de jovens atletas.

Em relação ao Santos, o desempenho ruim dentro de campo foi um sintoma da desorganização administrativa da instituição. Um clube que permite que o raio caia duas vezes no mesmo lugar, como aconteceu com as saídas de Yuri Alberto e Kaio Jorge — e que já vê o tempo nublar com Marcos Leonardo –, está trabalhando para que a bola entre meramente por acaso.

Desse modo, a prioridade do alvinegro deve ser sua reestruturação interna. Por sorte, os Meninos da Vila seguem resistindo em meio ao caos. Com Kaiky, Sandry, Gabriel Pirani, Ângelo e Marcos Leonardo, um horizonte de possibilidades se forma. Que o Santos não deixe o futuro escapar pelas mãos.

No São Paulo, a situação é igual ou pior do que no Santos, considerando o golpe regimental que está em curso no clube, com o objetivo de centralizar um poder ainda maior nas mãos daqueles que levaram o time para a situação que vive hoje. Se a medida se concretizar, o tricolor paulista dará mais um passo em direção ao abismo.

Com isso, não há Fernando Diniz, Hernán Crespo, Rogério Ceni ou Muricy Ramalho que consigam prosperar. Da mesma forma, um elenco melhor do que Fortaleza, Fluminense e América-MG, entra em campo se fosse um time de “perebas”. Não existe título paulista que seja capaz de mascarar essa situação.

Se o Palmeiras desponta para se manter no topo em 2022, o Santos e o São Paulo precisam, urgentemente, para de seguir o roteiro de um clube rebaixado. O Corinthians quer voltar a ser protagonista em âmbito nacional, enquanto o RB Bragantino joga para manter o seu projeto empresarial e esportivo. 

 *O blogueiro que vos escreve entrará de férias. Os textos serão retomados no dia 10 de janeiro de 2022. Boas festas para todas e todos. Até o ano que vem! 

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