
"A trilha tinha as maiores pedras que vimos até agora. Eram um problema realmente grande. Havia momentos que, para passar, a gente não sabia o que fazer", definiu Reinaldo Varela, que compete ao lado do navegador Maykel Justo. "Certamente o índice de quebras nesta terça-feira (12.01) foi muito alto. E muita gente também teve muitos pneus furados. As bordas dessas pedras funcionam como lâminas com os pneus girando em alta velocidade em cima delas. Dependendo de como você passa, não tem escapatória", detalhou o piloto da equipe Monster Energy Can-Am. Em um percurso do tipo "laço", o trajeto de hoje começou e terminou em Neon, em um roteiro que contou 574 quilômetros no total.
Do futuro ao passado
A etapa de hoje, quarta-feira, ligará dois locais icônicos para a Arábia Saudita, país que sedia o Dakar. Saindo de Neon, que os sauditas planejaram para ser "a cidade do futuro, a caravana chegará no final da tarde em Al-Ula, região histórica com monumentos de mais de dois mil anos, catalogados como patrimônio da humanidade pela UNESCO.
Valendo pela 10ª etapa, o trajeto contará com um total de 583 quilômetros, sendo 342 de especiais trechos cronometrados onde acontece a corrida propriamente dita.
"É uma área montanhosa, onde vamos cruzar grandes regiões com piso de areia e alguns trechos rochosos. Um dos principais desafios, no meu caso, como navegador, será decifrar os caminhos nos muitos vales que vamos atravessar. A navegação tem sido especialmente manhosa nesta edição do Dakar", observa Maykel Justo.