China e aliados dos EUA divergem em relação à visita de Pelosi a Taiwan
A visita da presidente da Câmara dos Representantes americana, Nancy Pelosi, a Taiwan conquistou apoio bipartidário nos Estados Unidos e entre as democracias do mundo. Enquanto isso a China, que reivindica Taiwan como seu próprio território sem direito a uma identidade independente, reuniu apoio entre outros estados autoritários.As opiniões divididas falam tanto da crescente influência global da China quanto da reação que provocou entre as sociedades liberais do mundo.
O governo de Joe Biden não apoiou abertamente a decisão de Pelosi de viajar a Taiwan. O próprio presidente chegou a comentar que os militares sentiam que 'não era uma boa ideia agora' em meio às tensões exacerbadas de ambos os lados.
A China respondeu à visita anunciando uma série de exercícios militares em torno de Taiwan e emitindo protestos dirigidos ao governo dos EUA e de Taiwan, acusando-os de conspirar para minar a soberania e a segurança nacional da China.
Em 2016, a China cortou laços com Tsai Ing-wen, presidente taiwanesa, por sua recusa em aceitar que a ilha faria parte de uma nação única chinesa.
'Esta ação é um impedimento solene contra a recente grande escalada de ações negativas dos EUA sobre a questão de Taiwan, e um séria alerta às forças da independência da ilha que buscam a independência', informou o comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular na terça-feira, 2.
Os exercícios militares chineses incluirão procedimentos aéreos e marítimos, além de direcionamento de mísseis de longo alcance, segundo comunicado. As operadoras já estão se preparando para interrupções na aviação e navegação comercial.
A resposta chinesa despertou preocupações sobre uma nova crise no Estreito de Taiwan, semelhante ao de 1995-96, quando a China realizou exercícios militares ameaçadores e cercaram a ilha com ataques de mísseis nas águas ao norte e ao sul de seus principais portos. Fonte: Associated Press.