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Brasil e MundoBalneário Camboriú reabre praia após alargar faixa de areia

Balneário Camboriú reabre praia após alargar faixa de areia

Faixa de areia aumentou de 25 metros para 70 metros ao longo dos 5,8 quilômetros da orla

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Megaobra de alargamento da faixa de areia (Foto: Divulgação/Prefeitura de Balneário Camboriú)
Megaobra de alargamento da faixa de areia (Foto: Divulgação/Prefeitura de Balneário Camboriú)

Por Diogo de Souza, especial para o Estadão
A prefeitura de Balneário Camboriú, no litoral catarinense, vai entregar neste sábado, 4, a nova orla da Praia Central, após uma megaobra de alargamento da faixa de areia. As imagens do projeto se espalharam pelas redes sociais, com surpresa e críticas à intervenção ambiental na área. A inauguração coincide com o início da temporada oficial de verão na cidade, famosa por ter festas badaladas e milhares de turistas.

Com um dos metros quadrados mais caros do país, Camboriú também é conhecida como o local onde os arranha-céus fazem sombra no mar – um dos problemas que a extensão da praia tinha o propósito de resolver, além de ampliar as opções para turistas. A faixa de areia aumentou de 25 metros para 70 metros ao longo dos 5,8 quilômetros da orla.

SOMBRA

Foram transportados, no total, 2,2 milhões de metros cúbicos de areia para o local da obra, em um projeto que era debatido desde a década de 1990. O alcance do sol até aumentou, mas a sombra durante a tarde não foi completamente eliminada.

O preenchimento foi possível graças a uma draga que atracou na cidade no fim de agosto, para a etapa final da obra oficialmente iniciada em março. O equipamento, segundo a prefeitura, foi o mesmo que fez intervenções no Canal de Suez, no Egito. O custo aproximado foi de quase R$ 67 milhões, provenientes de um empréstimo obtido com o Banco do Brasil.

Para a abertura hoje, estão previstas apresentações musicais e artísticas, além de competições esportivas como Foot Table (futebol na mesa) e beach tennis. Também é previsto um espaço infantil, onde foram montados brinquedos infláveis gigantes para entreter os mais novos.

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Na contramão de pelo menos 19 capitais, preocupadas com o avanço da covid-19 no exterior e a chegada da variante Ômicron, Camboriú decidiu manter as festas públicas de réveillon.

“É a conclusão de uma obra histórica, com sucesso em todos os sentidos, que está servindo de incentivo e farol a obras de proteção costeira em todo Brasil”, diz o prefeito de Camboriú, Fabrício Oliveira (Podemos). “Muitos achavam que era irrealizável. Ou ficção.” A prefeitura de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, abriu licitação em novembro para contratar um estudo de retirada da areia do mar e alargamento de seis praias do local, um dos principais destinos turísticos dos paulistas. Florianópolis e Natal são outras cidades que fazem planos para obras parecidas.

RISCOS

Com o avanço rápido da urbanização e das mudanças climáticas, especialistas dizem que a erosão costeira será cada vez mais comum. Obras de alargamento das praias, no entanto, envolvem uma série de desafios técnicos para sair do papel.

O processo de dragagem, em alguns casos, pode trazer uso de substâncias químicas e afetar a fauna e a flora locais. Relatos de moradores de Camboriú apontam aumento da presença de tubarões na região – pelo menos 16 animais do tipo foram vistos entre agosto e outubro. Não foram registrados ataques a humanos. A prefeitura da cidade catarinense tem destacado que respeita as normas ambientais.

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