Por volta das 11h30, o Batalhão de Choque da Polícia Militar chegou ao quilômetro 26 da Castello Branco para desfazer a manifestação que interditava parcialmente a rodovia. Os militares lançaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes e o trecho foi totalmente liberado.
Após a ação da Tropa de Choque, grupos de bolsonaristas permaneciam próximos à via, que é estadual, seja no acostamento, seja na passarela de pedestres. Policiais continuavam atuando para dispersá-los. Carros e caminhões já circulavam normalmente.
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BLOQUEIOS E MULTAS
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou nesta quarta-feira, 2, que 1.992 multas já foram aplicadas aos manifestantes que interditam estradas em protesto após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição. Somadas, elas somam mais de R$ 18 milhões. A corporação afirmou ainda que desfez 601 pontos de interdição e bloqueio.
O Ministério da Justiça informou que os valores das multas dependem do tipo de infração e podem variar entre R$ 5 mil e R$ 17 mil. A autuação mais cara é para as lideranças que organizam os protestos, sejam pessoas físicas ou empresas.
O comunicado diz ainda que os motoristas que usarem carros ou caminhões para bloquear as rodovias serão penalizados com “infração gravíssima”, ou seja, multa de R$ 5 mil e suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
Mais cedo, o ministro da Justiça Anderson Torres pediu aos manifestantes que liberem as estradas. “Reitero o pedido do presidente Jair Bolsonaro para que as manifestações não impeçam o direito de ir e vir de todos”, escreveu.
Bolsonaro disse nesta terça, 1º, no primeiro pronunciamento após a derrota, que “manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas”, mas criticou as interdições nas estradas. “Nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, afirmou.
O último boletim da PRF informa que restam ao menos 156 pontos de bloqueios e interdições nas rodovias federais do País. Lideranças da corporação avaliam que a demora do presidente em reconhecer o resultado das urnas estimulou os protestos.
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