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coronavirusAla vermelha do Mário Gatti, em Campinas, funciona com quase dobro da capacidade

Ala vermelha do Mário Gatti, em Campinas, funciona com quase dobro da capacidade

Sala vermelha de hospital é voltada para pacientes não-covid; no começo do mês, situação de superlotação já havia sido denunciada por funcionários

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Imagens mostram ala vermelha lotada no Mário Gatti (Foto: Reprodução de vídeo)

Funcionários do Hospital Mário Gatti, em Campinas, voltaram a denunciar a superlotação na ala vermelha da unidade. Registros feitos na manhã de hoje (26) mostram a lotação de pacientes, sem ser possível nem mesmo distanciamento entre as macas. 

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A Prefeitura confirmou que a ala funcionava hoje com 23 pacientes. A capacidade é de 12. Segundo os funcionários, que preferem não se identificar, quatro pacientes dividem um torpedo de oxigênio, e a sala possui apenas três painéis para oxigenação.  

“Não tem espaço para andar entre uma maca e outra. Não tem espaço para dar um atendimento de qualidade pro paciente. Quando chega uma ambulância, não tem como a maca da ambulância entrar, porque não tem espaço pra andar”, diz o trabalhador da saúde”, disse um dos funcionários à EPTV. 

A sala vermelha é o local onde pacientes não contaminados pela covid-19 são recebidos, entre eles vítimas de acidentes, infartos, entre outros. Até conseguir a transferência para os leitos de enfermaria e UTI (Unidade de Terapia Intensiva), os enfermos tem que esperar em macas. 

No início desse mês, a situação de superlotação na ala já tinha sido denunciada por reportagem. Na época, a Prefeitura indicou que iria desmobilizar leitos de UTI destinados aos pacientes com covid, para receber pacientes com outras doenças e acidentados. No entanto, a pressão com aumento nos casos também de covid-19 causa preocupação.  

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SOBRECARGA 

O aumento da procura por enfermos sobrecarregou mais ainda a rede de saúde, que já tem tido aumento nos casos de covid-19. Ontem (25) a Prefeitura de Campinas fez um alerta em relação ao aumento de casos confirmados por covid-19 e aumento na pressão hospitalar. 

De acordo com o prefeito Dário Saadi (Republicanos), o aumento chama a atenção de todas as equipes técnicas de Vigilância em Saúde e da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar. “Há 15 dias, 600 pessoas estavam internadas com Covid em Campinas. Hoje, temos 750”, disse. 

O secretário de Saúde Lair Zambon destacou que a Prefeitura iria reabrir 14 leitos para tratamentos normais, mas que então estavam analisando um possível represamento destes leitos para serem usados contra a covid-19 em cenário de piora da pandemia. 

“Estamos em um nível de internação hospitalar bastante alto, e os gripários começaram a manter uma curva ascendente, acima de 100 pacientes por dia no Mário Gatti e entre 70 e 80 no Ouro Verde. Em algumas UPAs, já começa a ter espera, aguardando internação. Vamos observar semana a semana. O sinal amarelo já acendeu”, disse. 

Ontem, Campinas esteve pelo segundo dia seguido sem leito de UTI para covid-19. Caso os indicadores se mantenham em crescimento nos próximos dias, o prefeito afirmou que medidas restritivas serão adotadas. 

AÇÕES TOMADAS 

Segundo a Secretaria da Saúde de Campinas, para amenizar o esgotamento da ala vermelha, seis dos pacientes da ala vermelha foram encaminhados para internação durante a manhã, e os demais serão transferidos para outros hospitais ou para leitos do próprio Mário Gatti, assim que mais vagas forem liberadas. 

Ainda segundo a Saúde, ao longo das semanas a Rede Mário Gatti converteu 16 leitos de enfermaria Covid para não Covid e reforçou o atendimento a pacientes com este perfil que chegam durante todo o dia ao PS. 

“Com a abertura de mais 15 leitos de UTI Covid no Hospital Metropolitano, a Rede vai abrir espaço para gerenciamento de mais leitos não Covid”, disse em nota.  

Em entrevista, o diretor técnico do Hospital Mário Gatti, Carlos Arca, reconheceu que a situação é crítica. 

“Realmente, a situação está bastante delicada nesse ambiente do hospital. E no momento que você tira um paciente, acaba chegando outro da rua. Nós estamos tomando medidas emergenciais já esta semana para tentar minimizar esse impacto à sala vermelha”, disse.

Os hospitais Mário Gatti e Ouro Verde são os únicos públicos que funcionam no sistema porta aberta e atendem a todas as pessoas que procuram o serviço.

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