A Maternidade de Campinas anunciou nesta quarta-feira (31) que está com 100% de lotação nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com pacientes grávidas ou no período pós-parto que testaram positivo para covid-19.
Segundo o presidente da instituição, Marcos Miele, a UTI é considerada 100% lotada porque cinco de seis mulheres internadas estão com a doença. Ou seja, uma sexta gestante (que não tem o vírus) não poderá usar a vaga vazia, pois a ala está com pacientes contaminadas com coronavírus.
Além disso, duas mulheres no período do pós-parto estão intubadas. Já na UTI Neo-Natal, há cinco bebês infectados com covid-19, que são das mães que estão internadas. Na semana passada, uma mulher de 28 anos, com diabetes, morreu na Maternidade com coronavírus.
O bebê da vítima continua internado na UTI Neonatal, mas evoluiu bem nos últimos dias. De março a dezembro, 126 gestantes apresentaram suspeitas de coronavírus, sendo que 52 testaram positivo, segundo o hospital. Por mês, a Maternidade realiza cerca de 850 partos.
“Essa mudança de cenário ocorreu por conta da variante de Manaus. É mais virulenta, mais agressiva, e tem uma taxa de transmissibilidade muito mais alta. Pelo menos o dobro em relação à primeira onda”, disse Miele.
O presidente explicou que toda vez que uma gestante acaba evoluindo para uma insuficiência respiratória, o parto é realizado – muitas vezes de forma prematura – para preservar a vida da mãe e do bebê. “Por isso esses recém-nascidos estão na UTI. Neste ano, é o pior momento para nós da pandemia”, afirmou.
SEGUNDA MORTE DE GESTANTE
De acordo com o Devisa (Departamento de Vigilância de Campinas), há uma segunda morte de gestante que havia acabado de fazer o parto com covid na cidade, mas a prefeitura não revelou em qual hospital o óbito foi registrado.