Em meio ao aumento no número de internações de pacientes com coronavírus, principalmente na rede pública, a Prefeitura de Campinas tem tido dificuldades para contratar leitos exclusivos para covid-19 da rede particular. Dos oito hospitais que a Prefeitura entrou em contato, seis deram repostas negativas, informou a Administração nesta sexta-feira (28).
A justificativa dada pela maioria dos hospitais é que a alta demanda tem “sufocado” o sistema, não sendo possível a ampliação dos leitos nesse momento. Um deles, inclusive, informou que precisará reduzir o número de leitos ofertados à rede pública.
SITUAÇÃO DOS LEITOS
Segundo dados divulgados pela Prefeitura na manhã de hoje, a rede municipal está com 97,9% de ocupação nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sendo que dos 149 leitos, 146 estão ocupados e apenas 3 livres. Além disso, 12 pacientes aguardam na fila de espera por um leito.
Já na rede estadual, o Hospital de Clínicas da Unicamp segue com 97,5%, com 39 dos 40 leitos ocupados. O AME (Ambulatório Médico de Especialidades) também beira a lotação máxima, com nível de ocupação de 96%, sendo que 24 dos 25 leitos de UTI estão ocupados.
Já na rede particular, a ocupação é um pouco menor, com 81%. Dos 207 leitos, 169 estão ocupados, ou seja, há 38 leitos livres.
O QUE A PREFEITURA FARÁ?
Dos oito hospitais que a Prefeitura entrou em contato, três disseram que irão manter o mesmo número de leitos já ofertados, um disse que irá reduzir a quantidade, e outro informou que não possui condições de oferecer leitos à rede pública nesse momento. Outros dois não deram respostas.
Atualmente, Campinas paga R$ 2,4 mil por estrutura de UTI ocupada e, caso o leito esteja livre, o desembolso é de 70% do valor.
Em entrevista à EPTV Campinas, o secretário de Saúde Lair Zambon lembrou que dez leitos exclusivos da covid foram desativados do hospital Ouro Verde para atendimento de problemas respiratórios, que costumam aumentar nessa época do ano.
“A cidade terá 48 leitos privados comprados pelo sistema SUS. Em compensação, nós vamos aumentar em 15 leitos a UTI-covid para o Hospital Metropolitano. Nesse contexto, nós aumentamos 10 leitos de UTI não covid, no sentido de contemplar toda a saúde e fazer a gestão”.
Segundo a Prefeitura, os leitos entrarão em funcionamento a partir da primeira semana de junho, e o contrato terá duração de 90 dias.
(Com informações da EPTV Campinas)