A Prefeiura de Indaiatuba decidiu racionar os testes de covid-19 a partir desta segunda-feira (20) por conta da falta de matéria-prima. Serão testados somente moradores com sintomas graves.
De acordo com a secretária de Saúde da cidade, Graziela Garcia, somente alguns grupos de pessoas e categorias poderão passar pelo exame, principalmente após indicação médica.
“Gestentes, puérperas, profissionais de saúde e segurança e aqueles casos mais graves em que o médico julgar necessário, ou então em situação de pacientes como comorbidades”, afirma.
Garcia detalha que a falta de insumos para a composição dos testes fez com que os fornecedores passassem a vender menos kits e atrasar as entregas. A situação acontece há três semanas.
O problema é que a média de testes feitos diariamente na rede pública de Indaiatuba subiu de 150 no fim do ano passado para 1 mil em janeiro. Com isso, a orientação aos pacientes mudou.
Para economizar na testagem, a secretária orienta que os moradores da cidade com sintomas respiratórios leve busquem fazer um isolamento por 10 dias a partir do início dos quadros.
“Aquela pessoa com um sintoma mais persitente, alguma coisa mais grave, deve ir até a unidade de saúde. Lá o médico vai decidir se ela será testada. O teste é uma confirmação”, argumenta ela.
MEDIDA MOMENTÂNEA
Para o epidemiologista doutor André Ribas Freitas, a medida é válida, desde que seja temporária, já que a situação de escassez é resultado de um período de alta incidência e circulação viral.
Segundo ele, é preciso que as vigilâncias tenham capacidade de se adaptar em momentos como esse, já que a recomendação é que contactantes de infectados sejam considerados casos positivos.
“Não significa que a testagem não tem importância. Esse é um momento diferente e de escassez. Assim que os casos diminuirem e a capacidade operacional também, os testes devem ser retomados, porque não sabemos qual será a próxima onda e se vai mudar algo na covid”, opina ele.
Além de Indaiatuba, a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste também confirmou que está restringindo os testes para pacientes com sintomas graves.
(Com a colaboração de Eduardo Rodrigues/ EPTV Campinas)