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CotidianoBalanço: Campinas registrou chuva abaixo da média em seis meses de 2022

Balanço: Campinas registrou chuva abaixo da média em seis meses de 2022

Região de Campinas viveu estresse hídrico nos últimos meses, alertou PCJ

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Campinas registrou chuva abaixo da média no 1º semestre de 2022 (Foto: Divulgação)
Campinas registrou chuva abaixo da média no 1º semestre de 2022 (Foto: Divulgação)

Campinas registrou chuva abaixo da média em seis meses deste ano, de acordo com balanço divulgado pelo ClimaTempo. A situação foi semelhante na região e, de acordo com o Consórcio PCJ, um stress hídrico foi vivido nos últimos meses por conta dessa estiagem.

Em Campinas, somente junho registrou chuva acima da média histórica. Confira abaixo mês a mês como foi:

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– Janeiro: média histórica: 309 mm e choveu 293 mm

– Fevereiro: média histórica: 215 mm e choveu: 74 mm

– Março: média histórica: 167 mm e choveu 124 mm

– Abril: média histórica: 47 mm e choveu 29,71 mm

– Maio: média histórica: 62 mm e choveu 29,46 mm

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– Junho: média histórica: 22,6 mm e choveu 49 mm

– Julho: média histórica: 309 mm e choveu 293 mm  

E AGOSTO?

Uma das características de agosto é a pouca quantidade de chuvas. De acordo com o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp, o volume médio histórico é de 25,2 mm.

A precipitação máxima para o mês foi registrada em 2018, quando choveu 75,8 mm, já a mínima foi em 1994, quando não choveu. A previsão para 2022 é que tenha ocorrência de chuvas mais significativas entre os dias 08 e 10, depois deve seguir com chuvas na média histórica.

STRESS HÍDRICO

Por conta da estiagem, o Consórcio PCJ (das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) fez um cálculo para mostrar a gravidade do stress hídrico na região. A média de água oferecida por pessoa em um ano, em média, é de 900 m³, apenas 60% do recomendado pela ONU (Organização das Nações Unidas) – que é de 1.500 m³ por pessoa/ano.

Se for considerado o período de estiagem, entre junho e setembro, a média na região de Campinas é de 400 m³ por pessoa/ano, cerca de 26% do ideal. Esse cálculo considera toda a água que uma pessoa consome, seja para beber, preparar alimentos, fazer a limpeza ou tomar banho. Além disso, é computada também a oferta do recurso no ambiente.  

De acordo com o Consórcio, a região vive um stress hídrico. Isso acontece porque a população da região segue em crescimento, enquanto as fontes de água seguem limitadas. De acordo com o coordenador de projetos do PCJ, José Cezar Saad, outro motivo são as estiagens cada vez mais severas causadas pelas mudanças climáticas que atingem em cheio a região.

CIDADES JÁ ENFRENTAM PROBLEMAS

Algumas cidades da região de Campinas chegaram a apresentar problemas por causa da escassez hídrica e já estão adotando iniciativas para evitar o desabastecimento – confira abaixo:

VINHEDO

Em Vinhedo, o volume dos reservatórios ficou baixo por causa da falta de chuvas. De acordo com a Defesa Civil do município, em julho choveu 6,3 mm em apenas um dia, fechando o mês com 88% abaixo da precipitação esperada.

Por causa disso, a Sanebavi (Companhia de Saneamento Básico de Vinhedo) decretou a operação estiagem, em vigor desde o dia 8 de julho. Quem for flagrado desperdiçando água pode ser multado em R$ 578,58.

VALINHOS

Os principais reservatórios da cidade apresentam nível baixo e há possibilidade de comprometimento no abastecimento. De acordo com o DAEV (Departamento de Água e Esgoto de Valinhos), o consumo médio per capita de água na cidade é de 179,47 L/habitante, consumo maior do que o estipulado pela ONU, que é de 110 L/habitante.

Por causa disso, a Prefeitura começou a multar, no dia 1º de agosto, quem desperdiçar água. O valor da atuação é de R$ 488,29. As penalidades devem seguir até novembro para driblar a crise hídrica. Além das multas, a cidade adotou no dia 28 de julho a bandeira laranja, que alerta a população que os quatro reservatórios da cidade estão abaixo dos 70% do volume útil.

A Prefeitura também voltou a comprar água de Campinas para garantir o abastecimento da cidade. As represas são responsáveis por 38,7% da água consumida no município. A captação do Atibaia compreende 50,60% da água distribuída em Valinhos. 10,7% são de sistemas isolados como poços.

INDAIATUBA

Em Indaiatuba, o sistema hídrico está dando conta do consumo da cidade, mas a Prefeitura orienta a população a usar a água de maneira consciente.

Para Pedro Cláudio Salla, superintendente do serviço de água da cidade, essa situação se repete há vários anos e os períodos de estiagem estão cada vez mais prolongados. Além disso, no período das chuvas, as represas não chegam a 100% da capacidade, deixando menos água para enfrentar os meses mais secos do ano. Ele ressalta que o consumo per capta na cidade é muito alto e que deveria ser diminuído 30% para garantir água para todos.

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