Após os piores momentos da pandemia entre 2020 e 2021, o HC (Hospital de Clínicas da Unicamp), em Campinas, está atualmente sobrecarregado devido ao aumento vertiginosos na demanda por consultas, internações e cirurgias eletivas – veja os detalhes abaixo. As afirmações são da superintendente da unidade de saúde, Elaine Cristina Ataide, que concedeu entrevista hoje à EPTV Campinas.
De acordo com ela, como a covid-19 impediu que as pessoas procurassem atendimento, principalmente enquanto o hospital era utilizado como referência para os casos mais graves da doença, os casos que aguardam atendimento possuem maior complexidade e exigem acompanhamento maior das equipes.
“A pandemia teve uma cota de participação. Essas filas sempre existiram, mas com a pandemia essas filas aumentaram e os pacientes que aparecem para os atendimentos estão com uma gravidade muito maior. As pessoas ficaram muito tempo sem procurar atendimento por conta da pandemia de covid-19”, afirma.
Atualmente, segundo Ataide, as listas de espera de diversas áreas estão lotadas:
- Oncologia: 1.590 pacientes (90 da região de Campinas e 1,5 mil de outras cidades paulistas)
- Ortopedia: 1 mil pacientes
- Cardiologia: 200 pacientes
LEIA TAMBÉM
Homem é rendido após ameaçar a família em Campinas; Gate é novamente chamado
Homem arremessa pedra em ônibus e fere passageiro idoso em Campinas
OUTROS NÚMEROS
Considerado referência regional e estadual para atendimentos de urgência, emergência e de alta complexidade, o HC registrou aumento nas consultas, cirurgias e internações eletivas entre 2021 e o ano passado: Confira abaixo:
- Ortopedia: de 16.911 para 19.594, um aumento de 16%
- Cirurgias: de 45.889 para 52.074, um aumento de 13%
- Internações eletivas: de 2.456 para 4.317, um aumento de 75%
FALTA DE LEITOS E PESSOAL
Em meio à sobrecarga, a superintendente afirma que o HC convive diariamente com a falta de leitos e colaboradores. Atualmente, enquanto atende 62 municípios, a unidade conta com 350 vagas disponíveis, 50 em reforma, mas o número ideal seria de 800, conforme o relato de Elaine Cristina Ataide.
“No Centro Cirúrgico, atuamos com 60% da capacidade. Se atingisse 100%, poderia aumentar o número de cirurgias. Para quimioterapia também”, diz.
Por conta da situação, a superintendente diz que um projeto-piloto estuda o uso maior da telemedicina analisa atualmente a capacidade de atendimento de hospitais para evitar que casos sem necessidade sejam atendidos pelo HC.
LEIA MAIS