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CotidianoHC de Campinas faz cirurgia inédita para remoção de tumor

HC de Campinas faz cirurgia inédita para remoção de tumor

Técnica de ablação por micro-ondas nunca havia sido usada na rede pública do interior paulista; veja como é a cirurgia feita em Campinas

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Foi a primeira vez que o procedimento aconteceu na rede pública do interior do estado (Foto: Divulgação/Unicamp)

 

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Usada com sucesso na rede privada, a técnica de ablação por micro-ondas foi aplicada pelo HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp, em Campinas, para a remoção de um tumor de fígado em um paciente de 57 anos (veja mais abaixo).

A cirurgia, com alto potencial para o tratamento, chegou ao Brasil em 2019. Foi a primeira vez que o procedimento, realizado pela equipe da radiologia intervencionista, aconteceu na rede pública do interior do estado de São Paulo.

Segundo o médico radiologista, Thiago Penachim, coordenador da Radiologia Intervencionista, a técnica é indicada para tipos de câncer primários ou secundários de fígado, rim, pulmão, adrenais, ossos e musculoadiposas.

“Para alguns tipos de câncer, as técnicas ablativas têm resultados semelhantes àqueles obtidos em cirurgias, com a vantagem de preservarem a função dos órgãos nos quais o tumor está alojado”, explica o especialista responsável.

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O PACIENTE

O líder da equipe que realizou o procedimento esclarece ainda que a ablação por micro-ondas também é uma excelente opção de tratamento menos invasivo. De acordo com Penachim, a medida cirúrgica também não requer incisões.

“A vantagem é a rápida recuperação, com alta após um dia de internação na maioria dos casos. Por ser menos invasivo, o procedimento pode ser repetido em situações como o ressurgimento de lesões ou em tumores residuais”, afirma.

A cirurgia ocorreu no final de março, em um paciente de 57 anos que mora em Americana, na RMC (Região Metropolitana de Campinas) e que faz o acompanhamento da doença no Hospital de Clínicas da Unicamp desde 2017.

Conforme a equipe médica, o procedimento durou duas horas. Além disso, o paciente não apresentou queixas significativas e teve alta após 24 horas.

COMO É A CIRURGIA?

Realizada com o paciente sob anestesia geral ou sedação consciente, a técnica é desempenhada com o médico radiologista intervencionista guiado em tempo real por métodos de imagem como ultrassom e tomografia computadorizada.

As imagens permitem que ele visualize a agulha que introduziu para atingir a lesão, e cuja extremidade deve ser posicionada dentro do tumor. Depois disso, um gerador é acionado, levando à emissão de micro-ondas na ponta da agulha.

Conforme o detalhamento técnico do HC, a emissão “provoca a movimentação de moléculas de água, elevando a temperatura local acima de 70ºC e destruindo a lesão em poucos minutos, sem a necessidade de remoção cirúrgica”.

OUTROS MÉTODOS

Além desta técnica, outros métodos de ablação tumoral térmica já são empregados no HC da Unicamp desde 2010. Entre eles, o tratamento por calor, como a ablação por radiofrequência, e também a crioablação, que utiliza o frio.

De acordo com os especialistas do hospital, todas essas cirurgias são aplicadas principalmente em pacientes que não podem ser operados ou que correm risco. A ablação por micro-ondas, portanto, é um dos avanços recentes neste campo.

“A ablação por micro-ondas otimiza o arsenal terapêutico da radiologia intervencionista do HC da Unicamp, podendo ser mais eficaz e rápida em casos selecionados, como em lesões de maiores dimensões”, diz Thiago Penachim.

FORA DO SUS

Autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde) no setor privado de saúde, a ablação por micro-ondas ainda não é regulamentada pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Com isso, o procedimento realizado no HC da Unicamp no fim do primeiro trimestre só foi possível devido à doação do material pela empresa Angiodynamics.

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