
A microexplosão deixou 100 mil pessoas sem energia elétrica naquela noite e pelo menos cem árvores caídas. Animais de famílias que moram em condomínios do distrito de Sousas, como o San Conrado morreram por causa da forte tempestade.
Em outra casa do mesmo condomínio uma geladeira foi levada pelo forte vendaval e acabou dentro da casa de uma casa vizinha. Os ventos fortes e muitos raios assustaram moradores e causaram estragos por toda a cidade, mas com uma trajetória que começou no Taquaral e foi até Sousas, onde se concentrou.
Na época, o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) classificou o fenômeno climático como uma microexplosão.
Diferente de um tornado, a corrente de ar despenca em linha reta, como um "corredor de vento", sem apresentar espiralidade (com o tornado), sobre uma determinada área, se espalhando e "varrendo" o que encontra pelo solo.
Locais conhecidos de Campinas foram afetados. Além do San Conrado, área mais afetada, também foram atingidos o Colégio São José, a panificadora Bambini, o Educandário, e diversos estabelecimentos na região do Taquaral. O Galleria Shopping ficou fechado por 10 dias para que sua estrutura fosse reformada após a devastação.
Naquele sábado, a Defesa Civil registrou de 74 mm de chuvas em apenas 45 minutos, inclusive com incidência de granizo. Não foi divulgado o número de feridos devido à tempestade.
PALESTRA
Depois de três anos, a cidade ainda discute a microexplosão. Nesta quarta-feira (5), ocorre o o II Encontro sobre Resiliência das Infraestruturas Críticas, em Campinas. O evento será das 9h às 12h, no Plenarinho da Câmara Municipal, e é aberto a gestores públicos, setor privado e a comunidade em geral.