O número de acidentes envolvendo caminhões registrou alta de 2,26% no primeiro semestre deste ano em relação ao ano passado nas rodovias que cortam a região de Campinas. De janeiro a junho do ano passado, os registros foram de 441 acidentes envolvendo o veículo. Em 2023, no mesmo período, os números chegaram a 451. Os dados são da Polícia Militar Rodoviária.
Segundo a PMR, a jornada de trabalho excessiva, o uso de celulares ao volante, falta de distanciamento seguro entre os veículos e a carga pesada dos caminhões são os principais causadores de acidentes. Além disso, a PMR destacou que grande parte dos acidentes acontece por falha humana.
“Sabemos que o caminhoneiro requer muita atenção e cuidados. Muitos condutores não são da região e não conhecem esses pontos de lentidão por aqui. Por um segundo, que esse condutor, fica sem atenção no transito, é quando acontecem as tragédias. 90% dos acidentes são causados por falha humana. Nós percebemos que, infelizmente, a maioria dos sinistros são falhas humanas”, afirmou o tenente da polícia Jaelson Nobre.
Os próprios caminhoneiros têm consciência dos perigos da profissão. “O que também vemos é muita imprudência e irresponsabilidade do próprio motorista, tanto dos carros quanto do caminhoneiro”, disse Carlos Roberto da Silva, que é caminhoneiro.
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ACIDENTES ATUAIS
Somente na semana passada a região de Campinas registrou seis acidentes envolvendo caminhoneiros. Neles, houve vítimas fatais e feridas. Somente na terça-feira (4) foram registrados dois acidentes.
Na segunda-feira (3), um caminhão carregado com 20 mil quilos de sucata tombou na alça de acesso do anel viário da Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304), em Piracicaba. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.
Na terça-feira (4), houve dois acidentes registrados nas rodovias que ligam Campinas a cidades da região. Na Rodovia Dr. Ademar Pereira de Barros, a Campinas-Mogi (SP-340), um caminhão carregado com 25 toneladas de carvão tombou no canteiro central, na altura do pedágio de Jaguariúna. O motorista ficou preso nas ferragens, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Também na terça-feira, um jovem morreu após bater o carro na traseira de um caminhão, na Rodovia Geraldo Barros (SP- 304), que liga Piracicaba a São Pedro.
Na quarta-feira (5), o acidente foi em Valinhos, no acesso à Rodovia Anhanguera (SP-330), próximo ao pedágio. Um caminhão carregado com ao menos 3 mil kg de galhos tombou. O motorista não se feriu.
Já no dia 6 de julho, na quinta-feira, um funcionário terceirizado da AutoBan, concessionária que administra a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), foi atropelado por um caminhão e não resistiu aos ferimentos. No momento do acidente ele fazia manutenção da pista.
Na sexta-feira (7), também na Campinas-Mogi, em Jaguariúna, um engavetamento envolvendo um caminhão e mais três veículos deixou duas pessoas feridas, no entanto, sem gravidade.
“Quando acontece um sinistro, é uma tragédia, se perde vidas ou deixa as pessoas feridas, além do transtorno nas rodovias. Então temos o dever, e o caminhoneiro mais ainda de zelar, como diz o código de trânsito, os maiores cuidam dos menores” explicou o policial rodoviário.
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