Uma adolescente de 14 anos foi estuprada na tarde desta quarta-feira (10), em Monte Mor, quando voltava da escola.
De acordo com o boletim de ocorrência, a jovem passou em um supermercado após a aula e, ao sair do estabelecimento, percebeu que era seguida.
Em determinado ponto, a vítima foi abordada por um homem que a jogou para dentro de um carro. Ela foi levada para um local de mata, onde foi estuprada.
Logo depois, a adolescente conseguiu fugir e pediu ajuda em uma chácara. Por volta de 20h40 a proprietária do imóvel acionou a Guarda Municipal da cidade.
PRONTO-SOCORRO
A garota foi levada a um pronto socorro de Monte Mor, onde uma ginecologista de plantão constatou o estupro.
A vítima foi encaminhada ao CAISM (Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher) da Unicamp (Universidade de Campinas) para passar por procedimentos médicos e legais.
BUSCAS
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a adolescente tinha conseguido ligar para uma amiga e avisar sobre o sequestro, então a Guarda Municipal já fazia buscas pela cidade.
REGISTRO
De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, o caso foi registrado como estupro na delegacia de Monte Mor. Laudos Periciais ainda estão em elaboração. Assim que forem concluídos, vão ser analisados pelas autoridades policiais e devem auxiliar nas investigações.
ASSALTO NO DOM PEDRO: SUSPEITO É PRESO
Um homem de 20 anos foi preso nesta quinta-feira (11) suspeito de participação no ataque a duas joalherias do Parque D. Pedro Shopping, em Campinas, no final de junho. Outros três investigados continuam foragidos (veja abaixo).
A prisão aconteceu na região do bairro Americanópolis, na capital paulista, onde outros três mandados de prisão também foram executados, mas ninguém foi encontrado. A operação cumpriu ainda 12 mandados de buscas no local.
As ações foram feitas durante a manhã por policiais civis da 1ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Campinas, do GOE (Grupo de Operações Especiais) e da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) do município.
Todos os alvos fazem parte ou possuem relação com uma quadrilha especializada em assaltos a joalherias. Além do crime em Campinas, eles teriam praticado ataques semelhantes em outras cidades paulistas (entenda abaixo).
OS ALVOS
Segundo a DIG, o jovem detido hoje foi encontrado na casa onde mora. Já o pai dele, de 45 anos, não foi achado. O homem já era alvo de um pedido de prisão temporária por envolvimento em outro roubo a uma joalheria no estado.
Um homem de 28 anos que foi preso após o assalto a duas joalherias do shopping Central Plaza, em São Paulo, no último dia 31, também deveria ser preso na operação. Ele foi liberado em audiência de custódia logo após o ataque.
“Infelizmente não foi localizado e seu cumprimento do mandado não deu pra ser efetivado no dia da prisão por policiais de São Paulo, uma vez que ainda não havia sido autorizado pelo juiz de Campinas”, afirmou a DIG em comunicado.
Outro alvo, um homem de 23 anos, também não foi encontrado até o momento.
A operação será finalizada na sede da 1ª DIG, no bairro São Bernardo, em Campinas, onde o preso será interrogado e todos os materiais serão guardados.
A QUADRILHA
Conforme a Polícia Civil, diversas outras pessoas continuam sendo investigadas. Entre elas, indivíduos cujos contatos foram encontrados em telefones apreendidos, e principalmente em um grupo criado para o roubo em Campinas.
Segundo a DIG, diligências feitas mostram que mais pessoas estão envolvidas. Além disso, outra operação realizada por policiais civis de São Paulo na última terça (9) também em Americanópolis confirmaram a ação da mesma quadrilha.
Os responsáveis pela apuração relacionam os investigados a roubos em joalherias de Ribeirão Preto, em agosto de 2021, de Sorocaba, em novembro, assim como em Guarulhos, em 28 de julho deste ano, e na capital, no dia 31.
Segundo a Polícia Civil, a quadrilha já atuava no interior de São Paulo, mas uma operação feita em Sorocaba tinha desmantelado o grupo, com a prisão de parte dos integrantes. Depois disso, outras ações foram planejadas e executadas.
“Alguns remanescentes montaram uma nova quadrilha e voltaram a roubar. Roubaram o shopping de São Bernardo, depois na capital o Ibirapuera, Santa Cruz, aí foram em Campinas, no D. Pedro. Em Campinas um foi morto e três foram presos, uma mulher e dois homens”, disse um dos delegados responsáveis.
“Um dos integrantes do roubo do Ibirapuera foi o que foi morto em Campinas, então isso já comprova que se tratava da mesma quadrilha”, acrescentou.
Entre os presos no dia 9, está o líder da quadrilha, citado como “Alemão”. A operação agora tenta identificar os receptadores, que compravam as joias.
“São todos da zona Sul da capital e agora com essas prisões temos tudo para desmantelar a quadrilha inteira”, completou o responsável pela apuração.
A INVESTIGAÇÃO
Logo após o final dos registros das ocorrências policiais pela PM (Polícia Militar) de Campinas e pelas guardas municipais de Paulínia e Atibaia no dia dos assaltos ao shopping Dom Pedro, equipes da DIG assumiram o caso.
Além da análise das imagens dos circuitos das câmeras de segurança, buscas nos interiores dos aparelhos celulares apreendidos também foram feitas, assim como a coleta de depoimentos e também perícias nos carros apreendidos.
Entre os materiais colhidos, estão vídeos encontrados no telefone do integrante da quadrilha de 42 anos que morreu depois de ser baleado no Dom Pedro. As imagens mostram os shoppings assaltados antes dos roubos acontecerem.
“Com a operação da 1ª DIG, é certo afirmar que além das pessoas já identificadas e presas em flagrante no dia do roubo, dois em Atibaia, e um em Paulínia, as investigações também identificaram mais quatro pessoas envolvidas diretamente no roubo, identificado por imagens e reconhecimentos”, diz a DIG.
RELEMBRE O CASO
O grupo que assaltou duas joalheiras no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas, tinha ao menos 10 criminosos que não eram de Campinas e agiram com planejamento, segundo a Polícia Civil.
Parte das joias roubadas foi recuperada ainda no shopping, depois que um dos envolvidos no tiroteio deixou uma sacola cair.
Três criminosos, de 39, 29 e 25 anos, foram presos por participarem do roubo. Os criminosos foram localizados na madrugada do dia 26 de junho, nas cidades de Paulínia e Atibaia.
Um quarto suspeito, de 42 anos, morreu após ser baleado. Na ação dos criminosos, dois seguranças do centro de compras foram atingidos pelos disparos, mas sem gravidade.
Os assaltantes chegaram ao centro comercial na noite do dia 25 de junho, um sábado, em ao menos três carros – um Jeep Renegade, um HB20S e um Ônix. Eles entraram no shopping e foram até duas joalherias.
Três entraram em uma loja e um quarto suspeito entrou em uma segunda joalheria. Todos eles estavam armados. Eles renderam funcionários e clientes e foram direto aos cofres para pegar joias.
Ao sair das lojas, os suspeitos foram abordados pelos seguranças do centro de compras e houve a primeira troca de tiros ainda dentro do shopping, na Entrada das Águas. Lá, a vitrine de uma loja foi atingida por um dos disparos.
Os bandidos seguiram para o estacionamento, onde teve mais uma troca de tiros. Disparos atingiram um veículo Fox que estava parado no local. Depois disso, a quadrilha conseguiu fugir.