Uma postagem em uma rede social de uma adolescente em busca do pai tem chamado a atenção de moradores de Campinas. Nela Sabrina Matsuda, de 14 anos, conta a história de quando a mãe, Lilian Aparecida Matsuda, de 50 anos, conheceu o pai – de quem só sabe o primeiro nome: Eduardo.
Em uma publicação feita em um grupo do Facebook voltado aos moradores do Jardim Leonor e Nova Europa, a adolescente – pelo perfil da mãe – pede a ajuda dos moradores para que enfim possa conhecer o pai.
“Em 2006, minha mãe, Lilian, lhe conheceu no posto Ipiranga da Av. José de Souza Campos (Norte-Sul), e nessa época ela trabalhava na Casa da Sobremesa como balconista. Infelizmente, vocês perderam o contato e ela não pode comunicar o meu nascimento. Hoje tenho 14 anos e esse encontro é de muita importância na minha vida”, escreve a menina, na expectativa de que o pai leia.
Na publicação, ela detalha que Eduardo trabalhava com manutenção de computadores junto ao seu pai, que tinha uma fiorino branca e que, da casa dele, dava para avistar o prédio da empresa de telemarketing Vivo e do Hotel Bahamas.
“Segue algumas fotos de 2007, somos bem parecidos. Se alguém souber de alguma informação entre em contato. Estamos procurando o Eduardo sem intenções financeiras (pensão alimentícia), e sim para um encontro entre pai e filha”, diz a publicação.
A HISTÓRIA
Lilian lembra que Eduardo era um rapaz bonito, alegre e que a conquistou logo nos primeiros minutos de conversa, após se encontrarem no Posto Ipiranga da Norte-Sul, em Campinas.
O rapaz tinha 23 anos, cerca de 1,70 m, cabelo liso da cor castanho claro, magro, com uma tatuagem na panturrilha, e já era pai de uma menina de 1 ano. Lilian tinha 36 anos e trabalhava na Casa da Sobremesa, na avenida.
Ele a procurou no trabalho um mês depois de terem se conhecido, mas o dia estava tão corrido que ela não conseguiu dar atenção a Eduardo. A história dos dois foi curta, mas o suficiente para que Sabrina pudesse vir ao mundo.
Na época da gravidez, Lilian foi até ao bairro onde Eduardo morava, no Jardim Nova Europa, para tentar dar a notícia. “Tentei por muito tempo, andar por aquela região para ver se achava ele. Perguntei para muita gente, mas ninguém conhecia”, conta.
Sem qualquer informação sobre a localização de Eduardo, Lilian ainda procura pelo pai da filha. “Eu não estou atrás de pensão. Sempre trabalhei muito para sustentar minha filha. Só quero que eles se conheçam porque é muito importante para ela”.
REENCONTRO SONHADO
Lilian conta que o reencontro é muito importante para a adolescente, que todo segundo domingo de agosto chora pela falta do pai.
“Isso ficou no meu coração porque ela cresceu sem o pai. Ela chorava muito, ainda mais no Dia dos Pais. Eu não sabia mais o que fazer com o sofrimento da minha filha. Ela tem o direito de saber a história dela. Fica um buraco na alma. Ela tem irmãs, deve ter avós, tios para conhecer”, disse Lilian.
A moradora pede para que qualquer informação que ajude na localização de Eduardo seja reportada ao telefone dela: (19) 9 9338-8700.