A Justiça determinou que o advogado Afonso Celso Galves Pereira, acusado de espancar uma mulher no Cambuí, em Campinas, irá a júri popular para responder pelo crime de tentativa de feminicídio. A agressão contra a vítima, de 42 anos, foi registrada por uma câmera de segurança – leia mais abaixo.
O suspeito está foragido desde agosto do ano passado e ao determinar o julgamento, o juiz da 1ª Vara do Júri de Campinas, Bruno Luiz Cassiolato, negou a Afonso o direito de recorrer em liberdade.
“Ainda que afastada a hipótese de feminicídio, há indícios suficientes de que o réu desferiu diversos golpes contra a cabeça da vítima, que se encontrava sozinha e caída na calçada. Além disso, ele não foi encontrado para ser citado ou intimado pessoalmente e permanece em local incerto, sendo necessária a manutenção determinação da custódia cautelar para assegurar a aplicação da lei penal”, diz trecho da decisão.
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O CASO
De acordo com o delegado titular do 13° DP (Distrito Policial) de Campinas, André Schmutzler Moreira, o inquérito foi concluído e relatado à Vara do Júri depois da investigação do caso, que aconteceu na madrugada do dia 22 de maio.
Segundo ele, a vítima, que tem 42 anos e é investidora, estava em um bar na Rua Américo Brasiliense no início da madrugada de um domingo. No local, esbarrou e derrubou a bebida da esposa do investigado e as duas brigaram.
“Teve um desacerto e uma menina deu uma copada na cabeça da outra, que teve um corte leve. É a mulher do coautor do delito. Aí a moça que deu a copada, o pessoal do bar interviu e falou vai embora, vai embora”, detalha Schmutzler.
Nas imagens conseguidas pelos investigadores, a vítima aparece deixando o bar e caminhando pela Rua Barreto Leme. O marido da mulher envolvida na confusão, porém, a persegue por cerca de 400 metros, até a Rua Emílio Ribas.
VÍDEO
No vídeo que mostra as agressões, ele aparece derrubando a mulher com um chute em frente à Escola Estadual Professor João Lourenço Rodrigues. Depois, com ela caída, acerta socos, chutes e pontapés por 1 minuto e 50 segundos.
Na gravação, é possível ver que o homem também puxa a mulher pelo cabelo e a joga contra um muro. Conforme o delegado André Schmutzler, ele só para o ataque depois que dois casais se aproximam e percebem o que está acontecendo.
“Ele ficou chutando e batendo ela na parede. Até que chegou um casal de carro, entrou no estacionamento e falou para o dono chamar a polícia. Outro casal chegou lá e o homem falou: para de bater. Aí o homem falou: eu estou batendo nela porque ela deu uma copada na minha mulher e foi embora”, explica ele.
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