O DJ Alok, considerado o maior DJ do Brasil, participa nesta quinta-feira (28) de uma roda de conversa na Unicamp, em Campinas.
O evento faz parte do Enei (Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas), que acontece na Universidade Estadual de Campinas durante a semana.
A roda de conversa pretende mostrar o apoio de não-indígenas dentro da Indústria musical e cultural. Alok é o maior DJ brasileiro e recebe uma grande visibilidade junto ao trabalho aos povos indígenas.
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A mostra chamada “Ancestralidade e o Bem Viver” acontece das 16h às 17h30 e ainda conta com a participação da professora e ativista Célia Xakriabá e do DJ Erick Terena. A conversa terá mediação de Arlindo Baré.
NAS REDES SOCIAIS
Ontem (27), nas redes sociais, Alok postou que estava no Brasil por 48 horas antes de voltar para a turnê na Europa e que viria para a universidade de Campinas.
“Estarei na Unicamp para o Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas. Lembrando que não vai ser um show, mas uma roda de conversa muito interessante. E vou estar contando um pouco mais do meu projeto inspirado nas raízes indígenas. É isso aí!” – veja vídeo abaixo.
O ENCONTRO
A Unicamp realiza nesta semana o 9º ENEI (Encontro Nacional dos Estudantes Indígena). No total, mais de 2 mil universitários se encontrarão no evento, que ocorre na Unicamp até o dia 29 de julho. Oficinas, debates, simpósios temáticos, atividades culturais e formativas integram a programação, que reúne intelectuais, ativistas e artistas indígenas.
Com recorde de inscritos, as proporções do evento são resultado de uma mobilização da organização, conforme Arlindo Baré, estudante de Engenharia Elétrica da Unicamp. “O ENEI tomou uma grande dimensão pelo momento que estamos vivendo e pelas parcerias que temos buscado, levando informações para os estudantes indígenas no Brasil inteiro”.
O ENEI é realizado desde 2013. Desde a primeira edição, na UFSCar) Universidade Federal de São Carlos), o evento ocorre em diferentes instituições de ensino superior.
Neste ano, a Unicamp sedia o encontro, que deve ficar registrado na história do movimento estudantil indígena. Isso porquê, além do alto número de inscrições, comparecerão dezenas de lideranças indígenas, dentre elas Sonia Guajajara, Daniel Munduruku, Almir Suruí e Valdelice Kaiowá.
O tema do evento, “Ancestralidade e Contemporaneidade”, reflete a necessidade de que os saberes ancestrais sejam reconhecidos nas dinâmicas e problemas do mundo moderno e, particularmente, na academia, como aponta o estudante de Ciências Sociais da Unicamp Iaponâ Ferreira Guajajara.
Ainda, foram organizados simpósios temáticos com a apresentação de trabalhos acadêmicos.
ESTUDANTES MATRICULADOS
O número de estudantes indígenas matriculados na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) cresceu 27,9% em 2022, em comparação com dados do ano passado. De acordo com a Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), este ano registrou 110 alunos indígenas matriculados, enquanto 2021 teve 86.
O Vestibular Indígena foi implantado em 2019. Desde a data, já foram matriculados 345 estudantes indígenas na Universidade.
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