Além da pandemia, o ano passado também foi marcado pela alta nos preços dos produtos básicos, como o arroz e o óleo. Mas se engana quem pensa que a passagem de ano mudou a situação. Os preços continuam altos e o consumidor tem sentido no bolso.
Nos supermercados de Campinas, conforme levantamento feito pela EPTV, o preço do arroz continua em média 40% mais caro, e as carnes bovinas também com alta de 30%. Altair Dias é dono de um supermercado da cidade e revela que, por enquanto, não há expectativa de baixa nos preço dos produtos.
“Na carne, por exemplo, ela já veio com alta esse ano. O único sinal que teve foi o derivado do leite, como mussarela, e o feijão. O restante estabilizou e não tem sinal de baixa”, disse.
Em 2020, alguns mercados da cidade chegaram a limitar a venda de arroz, feijão e óleo de cozinha, por temerem o desabastecimento entre os fornecedores – leia mais aqui.
NÃO É DE HOJE
Em 2020, de acordo com a Apas (Associação Paulista de Supermercados), o preço do óleo de cozinha subiu 61,36%, enquanto o dos cereais teve alta de 49,58%. Mas esses não foram os únicos produtos que pesaram no bolso do consumidor, já que até mesmo os legumes ficaram mais caros, com aumento de 35,25 %.
A carne suína e o leite também compõem a lista de preços elevados, com aumento de 31,98% e 30,04%, respectivamente. Ainda segundo a associação, entre os meses de setembro e outubro os preços de alguns produtos chegaram a cair, mas não o suficiente para que o consumidor percebesse.
O aposentado Alcy Soares Dias diz que o aumento foi tão significativo que, na hora da compra, o dinheiro não tem rendido como antes. “O que se comprava com R$ 100 em 2020, vai precisar de R$ 130 para comprar o mesmo produto em 2021. Então, nessa época, que todos estão com problemas financeiros, fica difícil”, disse.
A Apas acrescentou ainda que a permanência dos valores altos dos produtos se deve ao fato de que o país fechou o ano com uma infração de 12,5%. Desse modo, os preços devem seguir elevados nos próximos meses.